Falta de médicos continua nos hospitais pronto socorros de Belém
Funcionários também reclamaram da falta de médicos especializados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs)
Os dois principais hospitais pronto socorros (HPSM) de Belém continuaram sem médicos neste domingo (26). A equipe de reportagem de OLiberal.com flagrou pacientes retornando sem atendimento dos hospitais e reclamações de familiares de pessoas internadas no HPSM Mário Pinotti, da 14 de Março, e do HPSM do Guamá. Funcionários do hospital do Guamá também reclamaram da falta de médicos especializados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs).
Na entrada do hospital do Guamá dois papéis com avisos demonstravam a gravidade da situação: “Sem médicos” e “Sem atendimento”. Segundo uma fonte interna do hospital do Guamá, que não quis se identificar, desde antes da pandemia do novo coronavírus não havia médicos intensivistas fixos, ou seja, que trabalham no hospital cumprindo carga horária fixa. Desde a reinauguração, os intensivistas que atendiam no hospital eram apenas para os plantões. A pandemia e a procura por esses médicos em outras unidades fez o que era escasso sumisse.
Atualmente, não há médicos especializados no tratamento e acompanhamento de pacientes graves em UTIs no Guamá. Médicos de outros setores como das clínicas e regulação que estão tendo que atender a chamada sala vermelha, onde ficam os pacientes em estado grave, já que o sistema está sobrecarregado.
A equipe médica até divulgou uma denúncia no sábado relatando além da falta dos especialistas e falta de equipamentos de proteção individuais (EPI’s), o que tem levado muitos profissionais da saúde a adoecerem, serem afastados, e a consequente piora no atendimento. Esses profissionais que adoecem não estariam sendo repostos.
No hospital da 14 de Março, funcionários e pacientes informaram que não havia médico desde a noite do sábado e não havia expectativa de entrada de médicos para o plantão nesta manhã. Elisângela Barbosa esperava um médico para assinar a transferência do pai, José Raimundo Neves, de 66 anos, que teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e está desde quarta-feira (22). “Não tem médico desde ontem. O pai está com AVC desde quarta-feira e não consegue guia de transferência. Estamos esperando chegar o plantonista para dar essa guia. Está toda hora chegando gente com falta de ar”, afirma. “Ele está em coma e conseguiram uma UTI em Ananindeua, mas não consegue transferência”, declarou.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Belém (PMB), não ainda não obteve resposta para as reclamações.
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