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Exposição 'Fóssil Vivo' coloca os visitantes frente a frente com animais gigantes no Museu Goeldi

Utilizando Realidade Virtua e Realidade Aumentada, a mostra oferece uma imersão única nas eras do Mioceno e do Pleistoceno, trazendo de volta à vida criaturas extintas há milhões de anos.

Gabriel Pires
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A nova exposição “Fóssil Vivo”, inaugurada nesta sexta-feira (30) no Centro de Exposições Eduardo Galvão do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém, leva o público a uma jornada impressionante pelo tempo. Utilizando as tecnologias de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR), a mostra oferece uma imersão única nas eras do Mioceno e do Pleistoceno, trazendo de volta à vida criaturas gigantes, extintas há milhões de anos.

A partir de sábado (31), a exposição será aberta ao público, estendendo-se até dezembro deste ano. Com curadoria do cientista social e cineasta Adriano Espíndola Filho, a experiência é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale via Lei Rouanet, unindo tecnologia e ciência para contar a história da Amazônia pré-histórica.

Imersão em Realidade Virtual e Aumentada

A exposição se destaca por suas duas experiências imersivas que utilizam AR e VR para transportar os visitantes a um passado distante. Na primeira, a Realidade Aumentada permite que o público explore o Mioceno, quando a Formação Pirabas era um mar e a Amazônia abrigava incríveis criaturas marinhas. A segunda experiência, em Realidade Virtual, coloca os visitantes frente a frente com a Megafauna do Pleistoceno, permitindo uma interação impressionante com animais gigantes como a preguiça e o tatu, agora extintos.

Adriano Espíndola Filho, idealizador e curador da exposição, comenta: “A ideia básica é, justamente, trazer a vida a animais que foram extintos há milhões de anos. Daí o nome da exposição ‘Fóssil Vivo’. A definição dos animais foi feita juntamente com o Museu. A gente decidiu falar da formação Pirabas, uma formação de cerca de 20 milhões de anos atrás. São animais marinhos”.

image A exposição une tecnologia e ciência para contar a história da Amazônia pré-histórica (Wagner Santana / O Liberal)

Ele ainda acrescenta: “Através da realidade virtual, o visitante pode ficar frente a frente desses animais. É uma exposição de divulgação. O que a gente busca é aproximar a população do Museu da pesquisa desenvolvida aqui. E que essa história de quando a Amazônia era mar seja mais difundida”.

Um olhar sobre o passado da Amazônia

O museólogo e coordenador de museologia do MPEG, Emanoel Ferreira, reforça a importância da exposição em mostrar a transformação do bioma amazônico ao longo dos milhões de anos: “Quando as pessoas pensam na Amazônia, sempre pensam nessa floresta densa. E essa não é uma realidade. É um lugar que está se transformando ao longo de milhões de anos”.

Ferreira explica como as tecnologias AR e VR auxiliam na compreensão desse passado: “E, por meio da realidade aumentada, [o público pode] tentar entender em que momento o Oceano avançava sobre a plataforma continental e fazia com que uma parte do Nordeste do Estado estivesse submersa, inclusive a cidade de Belém. E, com os óculos de Realidade Virtual, temos a possibilidade que os visitantes possam andar por Savanas que estavam aqui antes dessa floresta”.

Fósseis e História Paleontológica

A exposição também traz fósseis coletados em sítios paleontológicos do Pará, como Salinópolis, Capanema, São João de Pirabas e Itaituba. Espécies como o tubarão Galeocerdo mayumbensis, a arraia Aetomylaeus cubensis, e gigantes da Megafauna como o Notiomastodon e o Glyptodon fazem parte da mostra, preservados na Coleção Paleontológica do Museu Goeldi.

Maria Inês Feijó Ramos, curadora da coleção, destaca a importância desses fósseis para a compreensão do passado: “A gente entendeu que, o que teve no passado, é de fundamental importância. E até para a gente compreender as mudanças que ocorreram nos ambientes e no clima e como isso afetou a biodiversidade no passado. E tentar trazer isso para nosso futuro”.

Além dos fósseis, minidocumentários ilustram o trabalho dos paleontólogos em campo, proporcionando uma visão completa do processo de escavação e estudo das espécies.

Serviço

Exposição “Fóssil Vivo”

Local: no Centro de Exposições Eduardo Galvão do Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado na avenida Magalhães Barata, 376 – São Brás 
Datas e horários: De 31 de agosto a 31 de dezembro de 2024, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 9h às 16h
Valor: R$ 3 (inteira) e R$ 1,50 (meia) e gratuidades garantidas por Lei. A bilheteria fecha às 15h

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Belém
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