Estudantes conhecem a história e legado de Romulo Maiorana
Foi na escola que leva o nome do jornalista, no Coqueiro, onde alunos do 5º ano conferiram documento sobre Romulo no ano do centenário de seu nascimento
Estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jornalista Romulo Maiorana, no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, tiveram um momento singular nesta quinta-feira (15). Os alunos puderam assistir ao documentário “Romulo Maiorana - 100 anos de história”, produzido pela TV Liberal, exibido no auditório da unidade escolar. Em 20 de outubro deste ano comemorou-se o centenário de nascimento do idealizador e fundador do Grupo Liberal e, em 15 de novembro último, o jornal O LIBERAL, empreendimento que foi o precursor do maior complexo de comunicação, completou 76 anos de fundação. O evento integrou o conjunto de ações do Programa O Liberal na Escola, desenvolvido pelo Grupo Liberal e o Instituto Criança Vida há 27 anos,
O programa atende 1.600 alunos, 650 professores em 86 escolas públicas e privadas, com o jornal impresso (4 mil exemplares/mês) sendo aproveitado como ferramenta pedagógica para a comunidade escolar. A exibição do documentário na escola teve o aspecto de situar a comunidade escolar acerca do contexto da vida e do legado de Romulo Maiorana. A narrativa no documentário, inclusive, começa a partir da própria unidade escolar, com imagens feitas no ambiente escolar e depoimentos de estudantes querendo obter informações sobre o patrono da escola. Desse modo, os estudantes Gabriel Araújo, 12 anos, e Beatriz Silva Pitman, 12 anos, que chegaram a ser entrevistados pelo diretor do documentário, jornalista Leo Nunes, editor da TV Liberal, estavam na plateia para conferir o trabalho, exibido na emissora em 20 de novembro e disponível no Globoplay.
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“Tivemos dois meses de produção do documentário, entre pesquisa, produção e entrevistas, No documentário,com uma hora de duração, há 27 depoimentos de familiares, amigos e colaboradores do Grupo Liberal que conviveram e que atuam até hoje no Grupo Liberal e muitas imagens”, destacou Leo Nunes. O documentário foi lançado em 20 de novembro e recentemente exibido no Festival Itália Mia, em Belém. Nesta quinta-feira (15), foi exibida uma edição exclusiva para a escola em que os estudantes aparecem um pouco mais no começo e no final do trabalho. Eles foram entrevistados no final de outubro e começo de novembro. “E a contribuição da escola é a contribuição do telespectador também de querer conhecer a história do Seu Romulo (como era chamado o jornalista e empreendedor). Então, o documentário também acabou servindo para eles conhecem um pouco da história da escola, a história do homem que deu nome à escola”, ressaltou Leo.
A Escola Estadual Jornalista Romulo Maiorana surgiu a partir da mobilização de moradores na área do Conjunto Cidade Nova 8, que decidiram organizar um núcleo educacional para atender a alta demanda de crianças e adolescentes e definiram que o jornalista daria nome à unidade escolar, há 38 anos. “Esse momento aqui, na escola, é muito especial, porque a gente traz, para essas crianças a história do patrono da escola delas”, salientou o jornalista Leo Nunes.
Duas turmas de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental compareceram ao auditório para conferir o documentário. Antes da exibição do trabalho, os estudantes conferiram um produto gráfico de O Liberal sobre o centenário de nascimento de Romulo Maiorana. Matheus Corrêa de Andrade, 11 anos, foi um dos que conferiram esse impresso. Os alunos contaram com a companhia da diretora Claudiane Batista; dos professores Regina Brandão e Marco Antônio Sarmento; da educadora Keyline Ellen Lisboa Silva, representante da Unidade Seduc na Escola (USE 15), e da coordenadora pedagógica Liliane Oliveira.
Alan observou que o evento contribuiu para gerar o sentimento de pertencimento à escola por parte dos estudantes a partir dos fatos apresentados no documentário. “A gente precisa trazer essa realidade para a vida dos estudantes”, ressaltou.
História
Por meio do documentário, os estudantes puderam saber que Romulo Maiorana nasceu em Recife (PE), em 20 de outubro de 1922, filho de imigrantes italianos. Aos 31 anos de idade, ele veio para Belém do Pará. O nome completo dele é Romulo Elégio Dario Severo Maiorana Chiapetta. Mas, ele mudou na certidão e deixou apenas Romulo Maiorana mesmo, como pesquisou o jornalista Leo Nunes.
Em Belém, foi constituindo empresas, como a Duplex Publicidade, instalada na avenida Senador Lemos, onde fabricava placas de ônibus, painéis luminosos e flâmulas de publicidade. Esse empreendedor inovou no comércio de Belém, lançando as vitrines amplas e espelhadas nas lojas RM.
Na comunicação, Romulo Maiorana lançou, em 1966, com um novo formato e gestão o jornal O Liberal, fundado em 1946. Esse lançamento com a administração de Romulo marcaria um novo momento na Imprensa do Pará. Em 1973, entrou em funcionamento a Rádio Liberal, e, em 1976, foi a vez de Romulo concretizar o sonho de fundar uma emissora de televisão. Surgiu, assim, a TV Liberal. O Jornal Amazônia surgiu em 2000 e, em 2004, passou a funcionar o portal oliberal.com.
Acesso
São 1.550 alunos na Escola Estadual Jornalista Romulo Maiorana. A diretora Claudiane Batista avaliou que “reavivar essa história, trazer para o seio da comunidade está sendo muito bom”. Ela observou que a escola completará 39 anos em 2023.
Ao final da exibição de “Romulo Maiorana - 100 anos de história”, os estudantes manifestaram-se aplaudindo o trabalho e a contribuição do jornalista ao desenvolvimento do Pará. “Eu amei o documentário, porque me mostrou muita coisa que eu não sabia dele”, declarou a estudante Beatriz Silva Pitman.
“Antes, eu não sabia quase nada sobre ele, e agora eu sei praticamente toda a vida dele, então, eu adorei. Eu comecei a estudar aqui este ano, mas já estou me sentindo muito acolhida aqui, e conhecer a história do homem que dá nome a minha escola é muito interessante e eu estou amando isso. Ele foi um homem que revolucionou aqui; eu sinceramente adoraria o ter conhecido, mas, infelizmente, não tive a oportunidade”, declarou Beatriz. Romulo Maiorana faleceu aos 63 anos de idade, em São Paulo, em 23 de abril de 1986.
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