Espaço Esquina do Papel é inaugurado e integra programação do Circular em Belém
Novo espaço do artista visual Zoca amplia produção de papel artesanal e abre as portas ao público com loja e galeria no centro histórico da capital paraense

Neste domingo (6), a 55ª edição do Circular Campina Cidade Velha deu início à programação de 2025 com mais de 30 espaços participantes. E uma das grandes novidades desta edição foi a inauguração oficial do novo espaço do artista visual Zoca: a Esquina do Papel. O local se soma ao circuito com uma proposta que une arte, design, papel artesanal e memória afetiva, fortalecendo a rede criativa que o projeto fomenta há mais de uma década no centro histórico de Belém.
Criado em 2013, o Circular é um projeto de articulação sociocultural e patrimonial que ocupa os bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto. A cada edição, o evento reúne ações gratuitas nas áreas de música, gastronomia, fotografia, cinema, moda, arte urbana, literatura, entre outras linguagens. O projeto é realizado pela Associação Circula em parceria com diversos espaços culturais, artistas e empreendedores locais.
Instalada no coração da Cidade Velha, a Esquina do Papel é a mais nova extensão do ateliê Papel da Amazônia e do Ateliê do Zoca, onde já acontecia a produção artesanal de papéis e produtos artísticos. Com a ampliação, o local passa a contar com uma loja aberta ao público e um novo espaço para o ateliê de artes visuais de Zoca. “Isso aqui é uma ampliação do espaço que a gente já tinha. Nós temos uma fabricação de papel artesanal e de produtos, e o espaço para essa produção já estava ficando pequeno. Com a inauguração da Esquina do Papel, a gente consegue ampliar o espaço para loja, para exposição de produtos e também para o meu novo ateliê de artes visuais”, explicou o artista José Fernandes, conhecido como Zoca, arquiteto e artista visual.
De acordo com o artista, o novo espaço vai funcionar em horário comercial durante a semana e aos sábados pela manhã, de portas abertas para quem quiser conhecer o processo artesanal de produção de papel, além de adquirir itens exclusivos desenvolvidos pela equipe do ateliê. “As pessoas podem esperar desse espaço, um trabalho feito coletivamente por uma equipe que produz o papel. Todo o material de papelaria e cartonagem é feito por essa equipe que trabalha comigo. As artes e o design também são desenvolvidos aqui. A gente mostra essa produção feita com muito carinho. E um diferencial interessante é poder conhecer de perto o processo de fabricação do papel artesanal que acontece aqui nesse espaço”, acrescentou Zoca.
A jornalista e professora Nadgela Nassar, de 63 anos, foi uma das visitantes da inauguração e se mostrou encantada com a experiência: “Para mim é uma maravilha. Até porque eu sou também da área artística. Então, eu estou maravilhada. Os quadros dele realmente são maravilhosos. O espaço ficou bem melhor, porque agora parece um complexo. Tivemos música ao vivo hoje aqui. Eu estou desde as 11 horas da manhã. Aqui nesse espaço tem muito Belém do Pará, tem muita coisa da nossa terra, muita coisa de raiz.”
Além da Esquina do Papel, outros espaços estreantes marcaram presença nesta edição do Circular, como o Jambu Mineiro, Hum Caboclo, Espaço Cultural Gruta, Mairi e Puba Bar, todos somam à diversidade de iniciativas que movimentam a economia criativa e a valorização do patrimônio histórico da cidade.
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