ENEM 2023: vestibulandos paraenses encaram segundo dia de prova e confiam em boa perfomance
A equipe de reportagem foi ao IFPA e UFPA saber quais as expectativas dos estudantes para o segundo e último dia de Enem 2023
A manhã do segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), realizado neste domingo, 12, em todo o país, foi marcada por expectativa e ansiedade para os estudantes. Com animação, a maioria dos candidatos paraenses estavam determinados para encarar as 45 questões de Matemática e as 45 de Ciências da Natureza, que abrangem física, biologia e química. A reportagem do Grupo Liberal acompanhou a movimentação no Instituto Federal do Pará (IFPA), localizado na Almirante Barroso, em Belém, uma hora antes da abertura do portão. À medida que o meio-dia - horário que os candidatos são liberados para entrar e aguardar o momento de iniciar a prova - se aproximava, o local começou a se encher. O trânsito estava tranquilo e não houve intercorrências até os candidatos entrarem no prédio. A prova iniciou por volta das 13h30, e terminará às 18h30, com cinco horas de duração.
VEJA MAIS
A estudante Flávia Barbosa, de 17 anos, chegou às 10h30 no IFPA para aguardar o momento de entrar e realizar a segunda prova do Enem. Confiante, ela revelou que teve uma boa preparação para o vestibular e destacou o apoio que recebeu dos professores na escola onde estuda, o EEEFM Pedro Amazonas Pedroso.
“Os professores ajudaram bastante a gente [alunos] com dicas do que poderia cair, deram apoio emocional. Hoje está sendo um grande dia e me sinto preparada”, afirmou Flávia confiante. Esse é o primeiro ano que a jovem tenta vestibular, e se conseguir, será a primeira da família a entrar na universidade.
Lucas Marinho, de 18 anos, trabalha como agente de relacionamento com o cliente em uma rede de hospital em Belém, e quer agora tentar uma vaga no curso de administração. Ele chegou uma hora mais cedo para ficar perto do portão da entrada e se posicionou entre os primeiros a entrar para fazer a prova.
A preparação de Lucas para o Enem foi online. Segundo ele, precisou conciliar o trabalho pela manhã, driblar o cansaço a noite para dar conta do conteúdo programático. Apesar de ter começado a fazer o Enem ano passado, nessa segunda vez ele se sente mais preparado para concretizar a aprovação.
“Matemática eu tenho um pouco de dificuldade, mas me sinto preparado. Agora é a hora de mostrar o que eu estudei, o que me dediquei e colocar em prática”, acrescentou positivo. Ele se inscreveu para a UFPA.
Há dois anos Matheus Alves Pinto tenta entrar no curso de medicina pela UFPA. Otimista e determinado, ele levou água e bombons para a prova, e planejou iniciar primeiro pelas questões mais fáceis, seguidas pelas médias e, por fim, as mais difíceis. “Tirei uma nota muito boa no ano passado. Já consegui passar em Marituba, mas quero estudar em Belém mesmo”, complementou.
Apoio familiar é essencial
Ivo Damasceno, encanador e pai de Silmara, 17 anos, que almeja cursar Engenharia, ressaltou a importância do apoio familiar. Ele compareceu ao local de prova, no IFPA, para oferecer suporte, reconhecendo que o futuro da filha depende do esforço conjunto.
“Ano passado ela fez a prova do Enem para ter uma base, sempre nós apoiamos. Ela é uma menina estudiosa, bem educada, exemplar, e através disso damos um apoio para ela continuar a caminhada dela”, disse o pai orgulhoso da cria.
Estudante esquece documento e fica de fora
Infelizmente, nem todos tiveram a oportunidade de realizar o segundo dia de prova do Enem. Uma estudante de 17 anos, do segundo ano do Ensino Médio, que preferiu não se identificar, esqueceu seu documento de identificação, requisito necessário para o exame. Ela é moradora do bairro da Pedreira e foi colocada para fazer a prova na Universidade Federal do Pará (UFPA), no Guamá.
Segundo ela relatou à equipe de reportagem, apesar das tentativas de resolver a situação por meio do aplicativo do Governo, que estava fora do ar, e da possibilidade de alguém trazer o documento, a distância e o trânsito inviabilizaram a solução.
“Fica o sentimento de frustração. Eu queria fazer psicologia no vestibular. Meus dados estavam certos no aplicativo, mas a página estava sobrecarregada”, explicou a jovem.
“Ano que vem eu vou tentar de novo. Vou preparar minha mochila com os meus documentos dois dias antes”, complementou.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA