Enem 2023: bom ou não, resultado deve ser vivido com resiliência, orientam especialistas
Da comemoração à resignação: professora e psicóloga dão orientações para novos caminhos a serem percorridos
À medida que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 chega ao seu desfecho, é crucial que os candidatos cultivem uma mentalidade resiliente, independentemente do resultado obtido. Para aqueles que celebram um desempenho satisfatório, é hora de comemorar as conquistas, mas também de manter os olhos no horizonte acadêmico que se aproxima. Por outro lado, para aqueles que enfrentam pontuação abaixo das expectativas, é momento de perceber que este não é o fim do caminho, e que novas oportunidades de aprendizado e crescimento serão construídas.
A transição para o ensino superior requer preparação e adaptação, e os futuros universitários podem se beneficiar ao buscar orientação de professores, compreendendo as nuances dessa nova fase. De acordo com a professora de matemática Carol Raiol, é momento de encontrar disposição para buscar novos conhecimentos.
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“Muito estudo, dedicação e esforço. Para ser um bom profissional, hoje em dia, precisamos ir além da sala de aula da graduação”, afirma a professora.
A professora segue explicando que o candidato deve ter em mente que, de antemão, o universo da graduação é diferente do ambiente escolar. “Existe competição, mas existe amizade também. As oportunidades não chegam de ‘mão beijada’, precisamos correr atrás delas. Procurar ligas, estágios, fazer provas… enfim, esforço para construir um bom currículo”, complementa.
Para aqueles candidatos que não conseguiram um bom resultado, a professora indica que o melhor é focar no básico e corrigir os erros. “É necessário viver o luto pós-resultado. Tirar um tempo para colocar a cabeça no lugar é indispensável. A vida é cheia de peças, é inevitável passarmos por situações delicadas, então, sacudir a poeira e observar os erros cometidos”, aconselha.
Resiliência
Nesse processo, a colaboração de psicólogos se torna fundamental, desempenhando um papel crucial ao fornecer apoio emocional, ajudando os estudantes a lidarem com a ansiedade e incentivando na construção de uma mentalidade positiva para enfrentar os desafios futuros, seja para tentar novamente o Enem ou explorar outras opções de carreira profissional.
De acordo com psicóloga e professora universitária Bárbara Sordi, é necessário entender que o processo seletivo já passa por uma ideia de exclusão e meritocracia e isso faz com que manifestações psíquicas e corporais aconteçam, como ansiedade e nervosismo, fazendo com que atrapalhe o desempenho esperado.
“Também é importante dizer que não se encerra ali, que o aprendizado é contínuo, transcende o acadêmico, e que as chances também se renovam. Muitas vezes há pontos que precisam ser olhados com cuidado e carinho, no campo da saúde mental, por exemplo”, acrescenta.
A psicóloga frisa que ninguém sai feliz ou sem ser impactado quando não obtém o resultado esperado. Mas que “é preciso acolher a frustração, a dor e entender o processo. Considero que seja importante observar quais fatores afetam aquele momento, esta prova, este estudante e, a partir disso, avaliar direcionamentos. O acolhimento com a saúde mental, o apoio do entorno social e condições básicas são importantes”, avalia.
Veja o cronograma das próximas provas
12 de novembro
45 questões de matemática; e 45 questões de ciências da natureza.
Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Término das provas no 2º dia: 18h30
O candidato só poderá sair com o Caderno de Questões nos últimos 30 minutos.
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