Em Homilia, padre Claudio Pighin enfatiza a necessidade da união entre Deus e a humanidade
O religioso aproveita os ensinamentos na passagem das Bodas de Caná para salientar as lições dadas por Jesus e Maria
A partir da passagem bíblica sobre as Bodas de Caná (em João 2, 1-11), o padre Claudio Pighin, diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco, destaca, na Homilia deste fim de semana, o casamento entre Deus e a Humanidade, ou seja, a necessidade de busca da compreensão dos sinais, dos ensinamentos da Divindade por parte dos indivíduos no mundo para a verdadeira vida cristã. Nesse sentido, o padre Claudio narra a participação de Jesus Cristo, de sua mãe, Maria, e de seus discípulos em uma festa de casamento. Pighin pontua que na Sagrada Escritura o casamento representa a imagem perfeita da união entre Deus e o seu povo. Portanto, um símbolo do amor de Deus.
O profeta Oseias, no Antigo Testamento, mostra que o povo esperava ardentemente por esse matrimônio, essa união entre Deus e o seu povo, como frisa o padre Claudio. Ele observa que, no Antigo Testamento, verifica-se que o povo desrespeitava Deus, entregando-se aos ídolos. "Nessa festa de casamento (Bodas de Caná), Jesus cumpre o seu primeiro sinal. O evangelista João prefere usar a palavra 'sinal' no lugar de milagre, como uma forma de ajudar a serem entendidas as ações de Jesus em favor das pessoas. Somente a fé descobre o verdadeiro sentido oculto sobre por que Jesus agiu daquele jeito. Por isso, a comunidade de Jesus, confiando nele, vendo o sinal, teve a capacidade de crer nele", destaca.
"A mãe de Jesus estava na festa e logo se torna protagonista, porque quer ajudar para que a mesma festa não seja prejudicada. Vimos que o casamento é o símbolo de como Deus quer agir com o seu povo. E, por isso, Maria, intérprete dessa presença, soube discernir que a união de Deus com o seu povo é o supremo bem da humanidade. Vendo a ameaça de a festa ser interrompida, por causa da falta do vinho, Maria soube a quem recorrer, o único que pode resolver a precariedade humana em saber manter a festa, isto é, manter a união de Deus com os seres humanos é Jesus. Somente Maria, mãe Dele, compreendeu desde a sua concepção que Jesus é Deus e assim pode restaurar essa união", pontua o padre Claudio.
Como salienta o padre Claudio Pighin: "E o Mestre, reconhecendo a fé de sua mãe, a chama de 'Mulher', exaltando, assim, que ele era Deus e que a sua manifestação definitiva não tinha ainda chegado. Maria ajudou na antecipação da revelação final de Jesus como Deus. Assim sendo, ela falou para os serventes: 'Fazei tudo o que ele vos disser'", enfatiza Pighin.
O religioso relembra que o evangelista João relata que, surpreendentemente, havia seis talhas vazias naquela festa, a indicar que tudo está abaixo de Deus, e, na presença de Jesus, como Deus, inaugura-se "uma nova prática religiosa que gera uma nova vida e todo o resto se esvazia". Jesus supriu a necessidade das pessoas na festa, demonstrando o caminho para a união com Deus.
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