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Dia Mundial da Amamentação: especialista desmente mitos sobre o aleitamento materno; confira

A advogada Camila Lobato escolhe a amamentação pelos seus inúmeros benefícios

Camila Guimarães

Esta quinta-feira, 1º, é considerada o Dia Mundial da Amamentação, data que abre a campanha Agosto Dourado e a Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países, anualmente, de hoje até 7 de agosto. A proposta dessas datas é promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para crianças em todo o mundo. Para muitas mães, amamentar é um gesto do qual elas não abrem mão e, para isso, recorrem ao conhecimento para não cair nos mitos acerca do assunto.

Em Belém, a advogada Camila Lobato é mãe de segunda viagem. Hoje, ela amamenta a pequena Sofia, de quase dois meses, mas já amamentou também o Luca, de quatro anos, por mais de dois anos. Nas duas experiências, Camila escolheu amamentar em livre demanda, ou seja, sem horários programados, ficando à disponibilidade do bebê. Ela diz que a escolha se deu porque os benefícios da amamentação superam, em muito, qualquer dificuldade que possa existir no processo:

"Eu sempre pensei em amamentar. É a melhor coisa que tem. Além de oferecer todos os nutrientes que o bebê precisa, ainda é um imunizante, ajuda a combater doenças e infecções. Sem falar na experiência que a gente tem, de formação de vínculo com o bebê", defende.

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Estudar sobre o assunto antes de começar a amamentar foi o que fez diferença na experiência de Camila. Ela diz que, no universo da maternidade, existem muitos mitos sobre a amamentação, com problemas que são difundidos como se fossem regra, mas ela garante que não é assim:

"Sempre me botaram muito medo. Falavam que meu peito ia ferir, que ia sangrar, que ia doer, que o bebê ia machucar... Depois que eu tive o Luca, eu vi que não era tudo isso. Eu nunca tive nada. O único problema que eu tive com a amamentação foi com relação ao cansaço mesmo, porque é cansativo acordar à noite... Gera cansaço mental, físico... Mas como eu buscava muita informação, eu via que era a melhor coisa que a gente podia fazer", afirma.

image Hoje, Camila amamenta a pequena Sofia, de quase dois meses. Mas já amamentou Luca, de quatro anos, por mais de dois anos. (Carmem Helena / O Liberal)

Mitos precisam ser combatidos

A enfermeira Nayra Nunes, consultora em amamentação, afirma que um dos principais mitos em torno do assunto é a ideia de que amamentar é instintivo: "Não é bem assim. Mãe e bebê passam por um processo de aprendizagem. Muitas vezes o bebê não faz a pega adequada e acaba machucando e a mãe, sem instrução, dá a mama mesmo com dor, a família também não apoia e a mãe pode acabar se sentindo incapaz. Isso também prejudica o psicológico, a produção e a descida do leite", descreve.

Outro mito que a especialista descreve é o de que o leite materno é fraco, insuficiente para satisfazer o bebê ou que o peito da mulher 'secou' e é preciso dar fórmula. Nayra enfatiza que o leite materno é totalmente capaz de nutrir o bebê com exclusividade até os seis meses de vida e complementarmente à alimentação sólida até os dois anos ou mais.

Nayra descreve que existem técnicas de massagem que ajudam na produção e descida do leite que são importantes para serem conhecidas pela mãe. "É importante deixar a mãe empoderada com informações para não desistir da amamentação. Se existe um problema, o ideal é procurar ajuda. Se não for na família, que seja uma ajuda profissional".

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