Dia do biscoito: doceiras utilizam 'afeto' como um dos ingredientes de doces e conquistam paraenses
O Dia Nacional do Biscoito é comemorado nesta quarta-feira (20). Ingrid Casseb e Mônica Leão são duas paraenses que possuem suas histórias ligadas ao Monteiro Lopes e biscoitinhos caseiros
O Monteiro Lopes é um doce presente na vida de muitos paraenses. Feito de farinha, manteiga, açúcar e, levemente, mergulhado no chocolate, consegue agradar a vários paladares. O que faz esse alimento ter um toque a mais no sabor é o “amor” colocado na execução de cada receita. E esse ingrediente especial não falta nos biscoitos feitos pela paraense Ingrid Casseb, dona do “Monteiro Lopes da Uanda”. O motivo? É por meio das vendas dos doces, que ela consegue garantir que sua cadelinha Naia, de 14 anos, tenha uma vida confortável após o diagnóstico de câncer de mama e dar prosseguimento ao tratamento de diabetes da cachorrinha.
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A ideia de começar a vender biscoitos surgiu da mãe de Ingrid, há um ano e quatro meses, quando a moça estava desempregada e precisava de dinheiro para cuidar da saúde do animal.
“Inicialmente, comecei vendendo na escola, em que a mamãe trabalhava. Todo mundo adorou de primeira. Então, comecei aumentar a produção e vieram mais clientes. Com isso, fui pagando as minhas contas e também cuidando da Naia”, explicou a empreendedora.
Para agradar ainda mais o paladar da clientela, Ingrid começou a vender Monteiro Lopes recheado nos sabores brigadeiros, cupuaçu, castanha-do-Pará e doce de leite com coco. Todo esse jeito com a confeitaria veio de família, herança da mãe e da avó, que a ensinaram cozinhar e dão incentivaram para que a paraense continue crescendo profissionalmente no ramo dos biscoitos.
Toda a dedicação da jovem empreendedora já começou a dar frutos. Isso porque, Ingrid conseguiu formar uma grande rede de apoio, formada pela clientela que adora os seus doces, e que a ajudam comprando o produto, e consequentemente, financiando o tratamento de Naia. A maior parte do valor arrecadado é destinado para comprar as fitas e a insulina usadas pelo pet, o que não é nada barato, segundo a dona.
“Essas fitas para medir a glicose dela não são nada baratas. Uso duas vezes ao dia. Ainda preciso tirar a glicemia dela antes e depois do almoço, as seringas. Também preciso levá-la ao veterinário e na endocrinologista uma vez ao ano”, relatou Ingrid sobre os gastos que possui com a cadela.
Apesar da rotina cansativa com o preparo das massas dos Monteiros, a modelagem e o ensacamento dos doces, a empreendedora se sente muito grata por tudo o que conquistou até hoje, mas, principalmente, por conseguir manter sua cachorrinha viva e bem de saúde.
“Aqui em casa sempre teve cachorro. A Naia representa tudo para mim, faço qualquer coisa por ela e pelo bem estar dela”, afirmou Ingrid.
Cozinha afetuosa é sinônimo de cliente satisfeito
Um dos maiores prazeres de Mônica Leão é criar novas receitas e imaginar o prazer que proporciona aos clientes que comem seus biscoitos artesanais. Ela é uma das donas do empreendimento BiscoiTêca Delícias de Vó , que começou em março deste ano, e já está fazendo sucesso ao oferecer uma grande variedade de doces e qualidades.
Toda a inspiração para fazer os biscoitinhos veio da mãe que a ensinou a amar a cozinha artesanal e afetiva. “Ela costumava mandar como presente para a nossa família, em São Paulo, e eu fui aprendendo só de olhar. Era muito gostoso fazer torta com biscoitos. Era prazeroso fabricá-la. Então, sempre aprendi a amar confeitaria personalizada e também produzi-las”, contou Mônica.
Incentivada por uma amiga, que agora, também é sua sócia, ela decidiu expandir os negócios e teve uma grata surpresa, em março deste ano, quando recebeu uma das maiores encomendas: uma cliente pediu todos os mais de sete sabores do cardápio da loja.
“Senti um grande desafio e ao mesmo tempo satisfação. Foi 1 kg de biscoitos artesanais enviados para Parauapebas (PA) e a cliente ficou muito satisfeita. Ela adorou”, relembrou Mônica, emocionada com um dos momentos que a mais marcou na vida de empreendedora.
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