Covid-19: variante BQ.1 é mais transmissível e letal para público de risco, diz pesquisador
Em meio a aumento de positivados, Ministério da Saúde volta a recomendar o uso de máscaras
A vacinação é um importante fator para evitar a contaminação da nova subvariante da covid-19, que tem sido responsável pelos casos positivos de coronavírus no Amazonas, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse alerta é do médico e pesquisador da entidade, Rodrigo Stabeli. A BQ.1, como vem sendo identificada, é mais transmissível e letal para pessoas com comorbidades e sem o esquema imunológico completo. Recentemente, o Ministério da Saúde voltou a recomendar o uso de máscaras, medida que protege a população e diminui a curva de contágio.
A recomendação, divulgada em nota técnica pelo órgão, é voltada, principalmente, para idosos e pessoas em grupos de risco. Rodrigo Stabeli detalha que a nova subvariante tem uma diferença específica no material genético que a torna mais transmissível. As medidas de proteção são importantes aliadas para esse combate. “Porém, a gente está observando que ela causa sintomas mais leves em pessoas vacinadas e também em pessoas que não estão vacinadas, mas essas têm muito mais chance de ir para um caso grave, necessitar de cuidados hospitalares e, até mesmo, ir ao óbito”, pontua.
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Evitar aglomerações também está compondo o quadro indicado pelo especialista. “O principal fator que a gente tem salientado para a população é a vacinação. A gente percebeu que as pessoas que estão vacinadas no seu portfólio completo, ou seja, tomou a primeira e a segunda dose, têm muito menos chances de adquirir uma covid grave do que uma pessoa que não se vacinou. Quem tomou o primeiro e o segundo reforço tem ainda mais chance de não desenvolver uma doença grave, então a gente fala que vacinar nesse momento é a melhor atitude que você tem com você e com a sua família”, destaca Rodrigo.
Nova onda de contágio preocupa pesquisador
Rodrigo ressaltou que o país já está vendo uma nova onda contágio da covid-19. Porém, a previsão é que essa não seja não impactante quanto as outras, justamente pela cobertura vacinal - apesar de ainda não ser a esperada pelos órgãos de saúde. “O número de hospitalizados e o número de mortos é menor do que quando a gente estava em uma onda e tinham pessoas mais não vacinadas do que vacinadas. A partir do momento que a gente começou a aumentar a vacinação, a gente começou a diminuir o número de hospitais e óbitos. No entanto, é importante a gente salientar que se tem um alto espalhamento do vírus e uma alta transmissibilidade novamente na população, as pessoas vulneráveis se tornam mais expostas e essas pessoas podem eventualmente necessitar de cuidados”, finaliza.
A subvariante
A subvariante BQ.1, derivada da ômicron, foi identificada recentemente. A Fiocruz detalha que a sublinhagem BA.5.3.1, encontrada em julho de 2022, tem correspondido a 94% dos casos no estado do Amazonas.
Apesar disso, os pesquisadores observaram que não há aumento de casos graves, sendo, então, necessário o acompanhamento da curva de casos pelas próximas semanas.
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