Covid-19: médico indica a volta do uso de máscaras e outras medidas, além da vacina
Alerta é do infectologista Lourival Marsola diante das variantes da ômicron e do aumento de casos de covid-19 no Brasil e no mundo
Atenção redobrada e retomada de medidas preventivas e vacinação, diante do aumento de casos de covid-19 no Brasil e no mundo, com a disseminação das variantes do coronavírus, no caso, a ômicron. O alerta é dado pelo infectologista Lourival Marsola, em Belém, preocupado com a circulação dessas variantes com alta transmissibilidade e escape aos anticorpos gerados pela vacina. Essas subvariantes já foram identificadas em pelo menos nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
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Nesse cenário, como ressalta o médico, quem está com um quadro de resfriado não deve sair de casa, mas, sim, buscar uma unidade de Saúde e fazer o teste para ter um diagnóstico. "Se for positivo para covid-19, você tem que ficar em casa em quarentena por pelo menos sete dias, para poder fazer um novo teste e se ele ser negativo para sair de casa. Essa é uma prática que foi esquecida e a gente vê pessoas nas ruas, em locais, espirrando, tossindo e contaminando o meio ambiente", orienta Marsola.
Máscara
"A partir do momento em que a máscara deixou de ser obrigatória, as pessoas começaram a espirrar e tossir no meio ambiente, isso dissemina partículas com o vírus", ressalta o médico. A máscara não é mais obrigatória - com exceção no transporte público e em áreas de Saúde, como lembra o médico -, no entanto, isso não significa que as pessoas não possam usar. Isso por ser esse um Equipamento de Proteção Individual (EPI), e, assim, deve-se ser utilizada, como referenda o infectologista.
Existem, como pontua, algumas situações específicas que devem ser evitadas e nas quais se deve utilizar máscara, se a pessoa precisar estar lá, no local. E a principal situação é a aglomeração de pessoas. "Se você estiver em área aglomerada, é necessário que você esteja de máscara, principalmente, se for um idoso acima de 65 anos, se tiver alguma doença crônica que comprometa o seu pulmão, o seu coração, e também se você for portador de alguma doença que abaixa a defesa. Atenção especial aos nossos idosos, eles precisam ser protegidos".
"Estamos em novembro, e estão vindo aí as festas de final de ano, Natal e Ano Novo, e aí aumenta o número de pessoas, as chuvas começaram a aumentar em Belém, e começa ter o risco maior de transmissão dos vírus respiratórios, incluindo o vírus da covid-19", assinala o médico.
Pessoas idosas e imunossuprimidas, preferencialmente, devem voltar a adotar o uso de máscara contra covid-19. "Neste momento de aumento de casos, idosos e imunossuprimidos devem sair de máscara, estar na rua de máscara; agora, se precisar ir a um local em que você tenha aglomeração, não vá. Peça para alguém ir. Se tiver que ir, vá de máscara", reforça Marsola.
As mutações do vírus da covid-19 conferiu às variantes uma maior capacidade de escapar da proteção das vacinas atuais, mas esse escape é parcial, como pontua o infectologista. "Nós não temos um vírus novo, temos o mesmo vírus da covid-19 com pequenas alterações, e aí para a gente conseguir evitar a forma grave da doença, porque a finalidade da vacinação hoje é combater a forma grave da doença, você precisa estar com a vacina completa, com duas doses, e o reforço atualizado da vacina, com o nível de anticorpos muito alto, porque mesmo que ela (a variante) consiga escapar de uma parte dos anticorpos, o total inibe o vírus", pontua.
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