Cônego Raul Tavares, fundador da Caju, recebe homenagens em cortejo fúnebre neste domingo (11)
Durante velório do padre, coordenadores e membros da Caju falaram sobre a importância do padre para a comunidade católica de Belém
Morreu, na tarde de sábado (10), o fundador da Comunidade Católica Casa da Juventude (Caju), cônego Raul Tavares de Sousa. Ele estava internado desde o dia 25 de agosto no Hospital Guadalupe, em Belém, após ser diagnosticado com pneumonia e um quadro de infecção grave no abdômen, que o levou a ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Raul Tavares foi diagnosticado com um tipo de câncer avançado. A assessoria de comunicação da comunidade Caju informou, na ocasião, que o quadro de saúde dele era irreversível, mas sem sinais de sofrimento.
O velório do cônego ocorreu com um cortejo fúnebre, saindo da Igreja São João Paulo II para a Catedral da Sé. O trajeto do cortejo passou pela travessa Mauriti, avenida Marques de Herval, travessa da Estrella, avenida Almirante Barroso, travessa Antônio Baena, rua Antônio Barreto, avenida Visconde de Souza Franco até a Boulevard Castilhos França.
VEJA MAIS
Na Sé, foi realizada a Missa das Exéquias, onde o padre será sepultado. O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, deixou a mensagem: "descanse em paz e receba do Senhor tudo o que esperou com fé e anunciou em seu longo e frutuoso ministério".
Para o vice coordenador geral da Caju, Marcos Afonso, o Cônego Raul Tavares exercia um magnífico trabalho há 64 anos. "Foi a forma que ele encontrou de transformar e incitar no jovem esse desejo de mudar a sociedade em que nós vivemos. Dentro da igreja católica hoje, ele tem um importantíssimo papel de evangelização, transformando o jovem nesse fomentador de transformação da nossa realidade. Ele acredita que estamos aqui para fazer a ação no mundo, de fazer a diferença nos mais diversos âmbitos de atuação. Somos leigos que entregamos nossas vidas para a Igreja Católica. Eu, como dentista, posso ser Cristo dentro do meu consultório como em todas as áreas da minha vida”, disse.
A comunidade Caju também lamentou, em nota divulgada em seu perfil no instagram, a morte do cônego. "A Comunidade Caju, que já evangeliza há 64 anos na capital paraense e em seus núcleos missionários, agradece a toda a Igreja de Belém e de outras cidades, estados e países que se uniram e permanecem unidos a nós nesse momento, bem como a todos que têm se unido em oração para que a Páscoa do nosso padre fundador acontecesse no tempo de Deus e da melhor forma possível", concluiu a nota.
Legado
O cônego Raul Tavares tinha 94 anos e, em 1959, fundou a Casa da Juventude em Belém. A Caju tem como objetivo evangelizar os jovens por meio da ação dos próprios jovens. Nesse sentido, o trabalho da comunidade é marcado pela prestação de serviços, atuação missionária, encontros espirituais, atividades de assistência social e formação religiosa.
Segundo a coordenadora da Caju, Paula Daniela Vieira, o legado do Padre Raul começou em 1959. "Começou com a fundação da nossa comunidade, mas ele sempre nos passou a ideia de que não podíamos parar. Agora, devido ao seu falecimento, nós não vamos parar, vamos levar ainda mais à frente o projeto para honrar seu nome. Hoje temos um núcleo missionário em Marabá e um em São Paulo, buscamos evangelizar os jovens e ser ação no mundo como ele sempre nos ensinou”, afirmou.
O médico e membro da Caju Arthur Silva também nunca vai esquecer dos ensinamentos do fundador. “A principal mensagem que o padre me deixa é a sua vontade em querer ver a alegria do Cristo ressuscitado acontecendo todos os dias das nossas vidas e em todos os lugares por onde passarmos. Ele sempre foi muito engajado em tudo, no meio dos jovens, das necessidades da comunidade, da igreja e sempre quis que pudéssemos ser essa ação no mundo. ‘Sal na terra, luz no mundo’, como ele sempre dizia”, concluiu.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA