Chocolate: mocinho ou vilão da Páscoa? Nutricionista explica benefícios da guloseima
Confira as orientações de nutricionista para o consumo mais saudável de chocolate
No próximo domingo, 17 de abril, é comemorada a Páscoa, mas desde antes disso o consumo de um dos itens tradicionais da época já começa a aumentar. O chocolate é um dos doces mais populares no Brasil, fazendo parte da lista de compras de 82,6% dos lares brasileiros, segundo a Associação Brasileira da Indústria de chocolates, cacau, amendoim, balas e derivados (Abicab). Mas nem tudo é doce, quando se trata de chocolate.
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A nutricionista Paloma Queiroz explica que o cacau, matéria prima do chocolate, é uma ótima fonte de nutrientes para o corpo, trazendo benefícios inclusive para a saúde mental, ao combater o estresse e a ansiedade. Entretanto, o chocolate produzido a partir desse fruto pode oferecer alguns riscos.
“O benefício do cacau em si são vários, são fontes de nutrientes como magnésio, selênio, triptofano. Reduz o estresse, diminui a ansiedade, auxilia na perda de peso por ajudar no controle dessa ansiedade. Além disso contém polifenóis, flavonoides, compostos bioativos tem função probiótica, ou seja, ajuda no funcionamento do intestino, ajuda na questão cognitiva. São inúmeros benefícios, mas quando falamos de chocolate, o benefício depende do tipo que a pessoa consome”, comenta Paloma.
O tipo de chocolate preferido da autônoma Rita Farias, de 61 anos, por exemplo, não é um dos mais recomendados do ponto de vista nutricional: “Eu adoro chocolate branco e não é só na Páscoa. Os meus filhos sabem que eu gosto e de vez em quando compram pra mim”, ela conta.
Segundo a nutricionista, o chocolate branco é o que tem menor concentração de cacau e dos seus benefícios entre todos os tipos do mercado: “O chocolate branco é só leite e o açúcar, e alguns acabam sendo só açúcar”, diz Paloma. Para ela, os tipos de chocolate mais indicados são aqueles com teor de cacau a partir dos 70%, consequentemente, são os mais escuros e amargos também.
“Na verdade o chocolate tem algumas diferenças, tem o chocolate ao leite que contém menos cacau, tem o chocolate meio amargo com um pouquinho mais de cacau, e os tipos com maior teor de cacau, a partir de 70%. Esses, geralmente, são os que têm mais benefícios à saúde. Quando tem menos concentração de cacau, geralmente tem mais açúcar, mais leite e não traz todo o benefício que o cacau proporciona”, explica a nutricionista.
Além disso, o consumo do chocolate com maior concentração de cacau é também o mais indicado para pessoas com comorbidades, como diabetes e hipertensão. “O chocolate a partir de 70% pode ser consumido por pessoas com algumas patologias, como diabetes, pessoas com colesterol elevado, dentre outros. A restrição mesmo é para quem tem algum tipo de alergia ou intolerância”, pontua Paloma.
Apesar dos benefícios, e mesmo com o cuidado sobre o tipo de chocolate, a nutricionista alerta que o segredo para o consumo saudável do doce está no equilíbrio: “Não existe uma quantidade máxima indicada por dia, mas o ideal é não se exceder, mesmo que você esteja comendo chocolate acima de 70%”.
Essa lição quem já sabia era a dona de casa Elis Regina, de 48 anos, que já providenciou o ovo de páscoa da neta, Talita, de seis anos: “Nós sempre presenteamos ela com chocolate na Páscoa. Ela sempre ganha de mim, do pai, da tia. Eu também gosto, principalmente do ao leite, mas eu acho que faz mal. Por isso a gente não pode exagerar, só come de vez em quando”.
Para não errar na escolha do chocolate de Páscoa e garantir a opção mais saudável para a família, a nutricionista dá a dica: “É sempre importante ler o rótulo e a composição do alimento, mesmo que tenha o teor de cacau na frente da embalagem, para ter certeza do que está levando para casa”.
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