Belém doa terreno para construção da Casa Mulher Brasileira no bairro do Jurunas
O espaço integrará serviços especializados para mulheres vítimas de violência
A Casa Mulher Brasileira, um dos eixos do programa Mulher, Viver sem Violência, coordenado pelo Ministério das Mulheres, da Presidência da República, será implantada em Belém, no bairro do Jurunas. Na tarde desta quarta-feira (24), a Prefeitura de Belém realizou uma cerimônia de doação de um terreno para a construção do espaço, que integrará serviços especializados para mulheres vítimas de violência. O ato ocorreu na sede do gabinete do prefeito, em Nazaré, e contou com a participação de representantes do poder municipal, entre eles, o gestor Edmilson Rodrigues, e a secretária nacional de Articulação Institucional do Ministério das Mulheres, Carmen Foro.
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Lívia Noronha, coordenadora da Mulher da Prefeitura de Belém (Combel), explicou que o espaço integrará no mesmo local diversos tipos de serviço, como: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes. Juntamente com a secretária de Estado da Mulher, Paula Gomes; o diretor da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), Lélio Silva, e a vereadora Dona Neves, Lívia ocupou a bancada que falou sobre a importância da implantação da Casa Mulher Brasileira na capital paraense.
“É de fato um espaço de acolhimento para as mulheres, em especial as vítimas de violência, que trabalha a política de forma intersetorial (...) A primeira Casa foi construída em Campo Grande (MS), em 2015. Ao todo existem sete espaços em todo Brasil (...) A nossa maior dificuldade para implantá-la em Belém foi encontrar o terreno. É muito difícil encontrar na cidade um local disponível com 6.000 m² e que seja de fácil acesso. Mas, com esforço e vontade política nós conseguimos avançar nessa pauta”, disse Lívia Noronha.
A contribuição da Prefeitura de Belém está avaliada em mais de R$ 12 milhões, segundo informou o prefeito Edmilson Rodrigues. A área de 6.000 m² faz parte de um espaço com 60 mil m² (no valor de R$ 120 milhões), no Portal da Amazônia, onde será erguido um residencial do programa Minha Casa Minha Vida. “Tivemos que tirar 6 mil metros, que é o mínimo exigido pelo Ministério das Mulheres. O restante servirá para garantir a construção do residencial negociado com o ministro das Cidades. A Casa das Mulheres será como uma Usina da Paz repleta com diversos atendimentos para as mulheres”, afirmou.
Para Carmen Foro, a implantação da primeira Casa da Mulher Brasileira em Belém é um avanço na luta pela defesa do direito das mulheres na capital. Paraense de Moju, no nordeste do estado, ela destacou a importância do projeto ser levado para o interior do Estadp. Nesta semana, a representante do governo federal terá uma série de compromissos no Pará. Sua agenda inclui reuniões políticas, encontros temáticos e participações em eventos relevantes para a pauta das mulheres.
“No atual momento e ambiente que nós vivemos, de muita violência, a Casa da Mulher Brasileira é mais do que necessária. E a nossa estratégia é ter pelo menos uma em cada capital, onde normalmente os índices de crimes contra as mulheres são maiores. Mas, também vamos trabalhar para levar esses espaços a cidades pólo com índices altos de violência e outras que têm prefeitos com compromissos com essa política”, afirmou Carmen Foro.
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