Assalto a ônibus: falso vendedor ameaça e agride estudante em Belém
O homem se passou por um vendedor, mas como ninguém comprou nada, sentou do lado do estudante e tentou roubá-lo. O passageiro reagiu à tentativa de assalto e foi agredido com um soco, além da ameaça de morte
O acadêmico de Fisioterapia Renato Costa passou por uma situação desconfortável na manhã da última terça-feira (22), na avenida Almirante Barroso, em Belém. Enquanto estava dentro de um ônibus da linha "Paar / Ver-o-Peso", da empresa Viação Forte, ele foi agredido e ameaçado de morte por um assaltante, que tentou roubar o celular dele e outros pertences pessoais. Um boletim de ocorrência foi registrado na Seccional Urbana de São Brás, e ele ainda tentou ter acesso às imagens da câmera de segurança do coletivo, mas disse que a empresa teria negado ceder a filmagem.
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Renato contou que estava no coletivo a caminho do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) quando, por volta das 10h30, depois que o ônibus passou pela avenida Tavares Bastos, um homem entrou pela porta traseira.
"Disfarçado de bombonzeiro, ele começou a contar uma história, disse que estava sem dinheiro para fazer as vendas dele. Depois desse discurso, ninguém deu nada pra ele e ele sentou do meu lado", relembra o estudante.
Foi quando as intimidações começaram. O homem disse que usava uma tornozeleira eletrônica, perguntou se Renato era policial, se estava armado, e após as negativas, anunciou o assalto e disse para o jovem não reagir, ou ele iria sacar uma arma de fogo e atirar. O estudante, então, percebeu que o homem não estava armado e reagiu à ação. Ele puxou uma arma de choque, conhecida como "taser", que pertence ao seu pai, que é militar, e tentou acertar o assaltante, sem sucesso.
Em seguida, o cobrador do ônibus tentou expulsar o homem, momento em que o mesmo deu um soco na cara de Renato, que perdeu bastante sangue pelo nariz.
"Antes de descer, ele olhou pra mim e disse que ia me encontrar quando estivesse armado e me matar", disse.
Na parada seguinte, o estudante desceu do coletivo. No local, havia uma manifestação de professores, e os policiais militares falaram que não poderiam atendê-lo por conta disso.
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Ele seguiu, então, para a Seccional Urbana de São Brás, onde registrou o boletim de ocorrência, e depois seguiu para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Sacramenta, onde recebeu atendimento. De posse do B.O, ele foi até à sede da Viação Forte, em Ananindeua, para solicitar as imagens do ocorrido.
"Mas a moça disse que, além do B.O, era necessário um documento da delegacia solicitando essas imagens. Só que o delegado disse que só precisava do B.O", concluiu.
Por nota, a Viação Forte respondeu: "O estudante veio a empresa hoje pela manhã, informando que o incidente aconteceu ontem, dia 22, mas não sabia e não trouxe especificado no B.O a placa do ônibus ou o número de ordem para que pudéssemos fazer a identificação, por este motivo não tivemos como lhe ceder alguma imagem, mas estamos verificando esta informação junto aos funcionários que trabalham na referida linha".
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