Após recomendação da Saúde, vacinação contra coqueluche é ampliada para trabalhadores
Veja os públicos que podem se imunizar contra a doença a partir da recomendação do Programa Nacional de Imunização (PNI)
O público alvo da vacina contra coqueluche foi ampliado, em Belém, informa a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), após recomendação do Programa Nacional de Imunização (PNI). A medida se deu cerca de um mês após nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde sugerindo a ampliação da vacinação contra a doença no Brasil diante de surtos de coqueluche em países da Ásia e da Europa.
Diariamente, a vacina contra coqueluche já é disponibilizada para crianças de 2 meses a menores de 7 anos de idade, gestantes e puérperas até 45 dias pós-parto. Após a recomendação do PNI, a vacina dTpa (vacina adsorvida contra difteria, tétano e coqueluche) está sendo disponibilizada também para os seguintes públicos:
- Trabalhadores que atuam nos serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, fazendo atendimento na ginecologia, obstetrícia e pediatria; parto e pós-parto imediato, incluindo as Casas de Parto; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI Canguru etc; e berçários (baixo, médio e alto risco);
- Profissionais que atuam como Doula, acompanhando a gestante durante o período de gravidez, parto e período de pós-parto; e
- Trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até 4 anos de idade.
A vacina está disponível em todas as salas de vacinação do município de Belém - garante a Sesma.
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Panorama da doença
A nota técnica cita um aumento de casos de coqueluche em pelo menos 17 países da União Europeia, com registro de 25.130 casos de janeiro a dezembro de 2023. Já entre janeiro e março de 2024, 32.037 casos foram notificados na região em diversos grupos etários, com maior incidência entre menores de 1 ano, seguidos pelos grupos de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos.
Ainda de acordo com o documento, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos por coqueluche até fevereiro. A nota também cita um surto da doença na Bolívia, com 693 casos confirmados de janeiro a agosto de 2023, sendo 435 (62,8%) em menores de 5 anos, além de oito óbitos.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, quando foram confirmados 8.614 casos. De 2015 a 2019, o número de casos confirmados variou entre 3.110 e 1.562. A partir de 2020, houve uma redução importante no número de casos confirmados, associada à pandemia de covid-19 e ao isolamento social. Já nas primeiras 14 semanas de 2024, foram confirmados 31 casos da doença.
O que diz a Sesma?
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que, desde o ano de 2022, o município de Belém não apresenta (notificado e confirmado) casos da doença coqueluche. O último ano com caso registrado foi em 2020, com o registro de somente 1 caso confirmado.
Na rotina do Calendário Municipal de Vacinação, são disponibilizadas 3 vacinas que protegem contra coqueluche: Pentavelente, com 15.627 aplicadas em 2024; DTP, com 6.318; e dTpa, com 4.220 aplicações neste ano.
Os imunizantes encontram-se disponíveis gratuitamente nas salas de vacina das Unidades de Municipais de Saúde (UMS). A Pentavalente é ofertada para crianças de 2 meses a 6 anos, 11 meses e 29 dias, no esquema vacinal de 3 doses. A DTP é utilizada como reforço, idealmente 2, até os 6 anos, 11 meses e 29 dias. Já a dTpa é ofertada na rotina para gestantes (1 dose a cada gestação a partir da 20ª semana) e profissionais de saúde como reforço a cada 10 anos.
Com informações de Agência Brasil.
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