Após forte chuva da noite, trânsito é prejudicado por alagamentos no Curió-Utinga, em Belém

O alagamento na avenida João Paulo II, próximo à passagem Ana Deusa, no bairro Curió-Utinga, em Belém, ainda resistia apesar das várias horas que a chuva já havia passado. Um pouco depois das 7h, a água empossada atrapalhou o trânsito, obrigando motoristas de carros a andarem devagar e a motociclistas levantarem as pernas.

A situação era pior para os pedestres que precisaram encarar a água imunda. A cozinheira Camila Monteiro, 37 anos, contou que dorme apreensiva com as chuvas da madrugada, devido ao medo que a água possa entrar em sua residência. "Minha rua praticamente enche por conta do canal. Tudo enche mais rápido", denunciou.

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Camila mora na passagem Juninho, no Curió-Utinga, entre as avenidas João Paulo II e Almirante Barroso. "A última chuva forte de terça-feira quase entra em casa. Foi quase um metro que a água subiu. Minha casa é muito alta. Por isso que a água não entra", contou. "Ninguém dorme praticamente com medo da água entrar dentro de casa. Qualquer chuvinha está enchendo, sempre foi assim. Agora está pior por conta da obra do canal a situação piorou ainda mais", reclamou.

A equipe de reportagem da Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com Prefeitura Municipal de Belém para obter respostas sobre as denúncias. A gestão municipal enviou a nota abaixo sobre os problemas:

"A Prefeitura de Belém esclarece que a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra) realiza desde janeiro a dragagem e reconformação da seção dos igarapés de Belém para reduzir o tempo de vazão. 48 dos 64 canais da capital já foram atendidos em ações da Prefeitura, inclusive no Curió-Utinga.

A Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel) continua atuando na desobstrução de bueiros e desenvolvendo projetos especiais para minimizar os impactos dos alagamentos, em diversas áreas de Belém que enfrentam problemas recorrentes de inundação há anos. É importante ressaltar que a Prefeitura pretende fazer outras obras necessárias de macro e micro drenagem, em breve. Isso deve ajudar, ao lado da limpeza constante dos igarapés, a mitigar os efeitos das chuvas e da maré alta".