Amigos e familiares de Yasmin pedem justiça; jovem morreu durante passeio de lancha
Eles também cobram celeridade na resolução do caso envolvendo a influenciadora digital
Familiares e amigos da jovem Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, morta durante um passeio de lancha em dezembro do ano passado, realizaram na manhã deste domingo (20), uma manifestação pedindo justiça e celeridade na resolução do caso envolvendo a influenciadora digital. A concentração do ato, organizado pelo movimento #JustiçaPorYas, aconteceu na Escadinha do Cais do Porto, na Estação das Docas, e seguiu pela avenida Presidente Vargas até a Praça da República.
Com apoio de um mini trio elétrico, os participantes do ato pediam para que as testemunhas e os suspeitos que estão sendo investigados falem a verdade sobre o que aconteceu no dia do acidente. "Nós estamos aqui pedindo celeridade no caso, que não seja uma caso esquecido e, principalmente, pedindo para que as pessoas falem a verdade. Todo mundo sabe que eles estão mentindo e a gente quer respostas. Já vamos para o terceiro mês, a reconstituição seria em janeiro e já estamos em março. Então, queremos dar celeridade ao caso, precisamos dessa reconstituição o mais rápido possível. Nada vai trazer a Yasmin de volta, mas com a justiça sendo feita o meu coração vai se acalentar um pouquinho", afirmou Eliene Fontes, mãe de Yasmin.
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Para Jorge Ricardo Macêdo, pai de Yasmin, o caso já poderia ter sido encerrado se as testemunhas colaborassem. "Até hoje eu não entendo. Por isso nós fizemos essa manifestação aqui, não é pra culpar ninguém, mas pra pedir que as pessoas falem a verdade. Não sei como eles conseguem dormir, nem o pai e a mãe de quem tava nessa lancha. Se a Yasmin tivesse viva e um deles tivesse morrido, pode ter certeza que eu levaria ela na delegacia pra falar a verdade porque eu não iria conseguir botar minha cabeça no travesseiro sabendo que a minha filha sabia a verdade enquanto uma família está se acabando por falta de verdade. Eu tenho certeza que a minha filha não pulou naquela água", declarou.
Com as mãos sujas de tinta vermelha, representando o sangue de Yasmin, atores de uma escola de teatro de Belém, frequentada por pela jovem, interpretaram os papeis de suspeitos e testemunhas do caso durante uma encenação do que, possivelmente, aconteceu no dia do passeio que terminou com a morte da influenciadora digital.
Ao final do ato, os manifestantes se concentraram em frente ao Theatro da Paz e homenagearam Yasmin soltando balões brancos. Amiga de Yasmin desde a infância, a estudante de enfermagem Camila Vinagre revela que os sentimentos que carrega hoje são de dor, tristeza e revolta, mas fez questão de participar da manifestação para pedir justiça. "Até hoje eu não consegui ir na casa dela, até evito olhar porque eu moro algumas casas a mais da casa dela, então é muito difícil, mais difícil porque a gente não sabe o que aconteceu. Tiraram ela da gente de uma forma que até hoje buscamos respostas. A gente quer justiça em nome dela", ressaltou.
Relembre o caso Yasmin
Yasmin Cavaleiro de Macêdo desapareceu na noite do dia 12 de dezembro do ano passado, durante um passeio de lancha pelas águas do rio Maguari, em Belém, onde estavam outras 18 pessoas a bordo. A jovem teria sumido por volta de 22h30, em circunstâncias que ainda não foram alinhadas em virtude da divergência de informações prestadas pelas testemunhas convocadas a depor. A mãe da influenciadora, Eliene Fontes, declarou que há, pelo menos, três versões para o que teria acontecido naquela noite, segundo pessoas que estavam na lancha. Há relatos de que Yasmin teria caído. Outro depoimento mencionou que a vítima teria usado a escada da embarcação para urinar e acabou sumindo. Uma terceira versão dá conta de que ela teria mergulhado no rio e desparecido.
O corpo da estudante foi encontrado às 12h40 de segunda-feira, 13 de dezembro, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular, a aproximadamente 11 metros de profundidade.
O processo que investiga a morte de Yasmin já concentra, segundo a mãe da jovem, mais de 400 páginas. O trabalho da Polícia Civil conta com 6 delegados, 28 investigadores e 12 peritos.
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