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Amazônia já foi mar? Exposição 'Fóssil Vivo', em Belém, mostra a região há 20 milhões de anos

A exposição no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeld vai levar os visitantes para época em que a Amazônia era coberta por água

O Liberal
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A exposição “Fóssil Vivo”, que une ciência, tecnologia e a riquíssima história natural da Amazônia, vai levar os visitantes a um passado remoto de 20 milhões de anos, no qual parte da região era coberta por um vasto mar. Essa exposição começa nesta sexta-feira (30) apenas para convidados restritos, no Centro de Exposições Eduardo Galvão, situado no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. No sábado (31) a programação passa a ser aberta ao público em geral, com os valores de R$ 3 reais inteira e R$ 1,50 a meia-entrada. A mostra seguirá disponível até dezembro de 2024, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 9h às 16h.

A curadoria é do cientista social e cineasta Adriano Espíndola Filho, e a realização é do Museu Goeldi com patrocínio do Instituto Cultural Vale via Lei Rouanet. Será uma mostra interativa com uma tecnologia de Realidade Virtual e de Realidade Aumentada para elevar a experiência dos visitantes sobre dois momentos geológicos distintos do maior bioma brasileiro. Os visitantes terão contato com a Megafauna extinta há milhares de anos e com a história da Amazônia como mar.

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"Um dos objetivos da mostra na primeira parte é contar para o visitante uma história ainda pouco conhecida do público: o período em que a Amazônia era mar. Já, na segunda parte, haverá experiência com animais da Megafauna brasileira, extinta há cerca de 11 mil anos. O visitante poderá interagir com esses enormes animais, que, de fato, conviveram com o ser humano durante milhares de anos, mas por conta das mudanças climáticas, adaptações e outras séries de fatores acabaram extintos”, explica Adriano.

Fósseis coletados no Pará

Os fósseis retratados na exposição estão salvaguardados na Coleção Paleontológica do Museu Goeldi e servem de material para diversos estudos sobre a história paleoambiental da Amazônia. Eles foram coletados em sítios paleontológicos nos municípios paraenses de Salinópolis, Capanema, São João de Pirabas e Itaituba, e minuciosamente estudados e catalogados por pesquisadores da instituição de pesquisa. As espécies refletem a biodiversidade da região e ajudam a reconstruir o ambiente natural do passado e as consequências das mudanças climáticas que afetaram a Amazônia.

“A exposição será de fundamental importância para a divulgação e visibilidade de uma área dentro das Geociências, a Paleontologia, que ainda é pouco difundida em nossa região. Dessa forma, vamos ampliar a divulgação do conhecimento sobre os fósseis ao público de forma mais lúdica. Para o Goeldi, será uma oportunidade de fortalecer sua identificação enquanto museu de História Natural, que vai além da biodiversidade atual, resgatando a história da vida e dos ambientes do passado da Amazônia”, diz Maria Inês Feijó Ramos, curadora da Coleção Paleontológica do Museu Emílio Goeldi.

Fazem parte da mostra as espécies Galeocerdo mayumbensis (tubarão); Portunus haitiensis (sirí); Clypeaster lamegoi (bolacha de praia); Aetomylaeus cubensis (arraia); Cypraea macrovoluta (gastrópode); e os animais da Megafauna: Notiomastodon; Xenorhinotherium; Glyptodon; e Eremotherium. Os fósseis foram coletados em afloramentos na superfície ou em minas escavadas pelos paleontólogos. Após a coleta, o material foi levado para o laboratório, onde é tratado, limpo, catalogado e estudado. Eles são utilizados para pesquisas científicas e ainda em eventos didáticos, como oficinas e exposições de divulgação científica.

“A ideia é apresentar os fósseis de uma importante unidade estratigráfica, a Formação Pirabas, visto que ela representa uma grande diversidade, principalmente da fauna litorânea do estado do Pará, de 23 milhões de anos antes do presente. Bem como traz à tona a história do estabelecimento do Rio Amazonas, cuja influência na costa leste amazônica, no passado, era muito distinta do que é hoje. Em relação à Megafauna, ela retrata um tempo remoto mais recente, o Pleistoceno, quando o Homo sapiens já existia e teria convivido com a mesma”, detalha Maria Inês.

Além das peças fossilizadas, a exposição terá recursos audiovisuais, incluindo 3 minidocumentários gravados em Salinópolis e no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, em Belém, visando demonstrar o trabalho dos paleontólogos e o processo de escavação, identificação, catalogação e estudo dos fósseis, que podem resultar também na identificação de novas espécies.

Serviço

Exposição “Fóssil Vivo”

Local: Museu Paraense Emílio Goeldi – Centro de Exposições Eduardo Galvão, na Av. Magalhães Barata, 376 – São Brás – Belém (PA)

Datas e horários: 30 de agosto, para convidados restritos. De 31 de agosto a 31 de dezembro de 2024,  De quarta a domingo, inclusive feriados, das 9h às 16h.

Valor: R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia) e gratuidades garantidas por Lei. A bilheteria fecha às 15h.

 

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