Talento no palco e nos bastidores da produção teatral

Diogo Richier é membro da direção do teatro Sigma em Arte e compartilha suas habilidades como figurinista e maquiador artístico

Fabyo Cruz
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Profissional versátil e talentoso no campo da moda e do figurino, Diogo Richier, 29 anos, é membro da direção de um coletivo de teatro Sigma em Arte, onde desempenha um papel importante na concepção e criação de figurinos e maquiagem para produções teatrais. Richier reside há 30 anos em Ananindeua e, atualmente, é  morador da Cidade Nova 8. Ele possui formação em moda e figurino, bem como habilidades como maquiador artístico. Em seu perfil no Instagram (@di.retratos), o artista compartilha diariamente suas múltiplas experiências com seus seguidores.

No momento atual, Diogo Richier está à frente de um estúdio fotográfico, onde utiliza suas habilidades em moda, maquiagem e figurino para criar imagens incríveis e expressivas. Seu trabalho no estúdio envolve a colaboração com modelos fotógrafos e outros profissionais para produzir fotos de alta qualidade, que capturam a beleza e a individualidade de cada pessoa.

image Diogo possui formação em moda e figurino, bem como habilidades como maquiador artístico (Arquivo pessoal)

Além disso, Diogo dedica parte do seu tempo para ensinar moda e desenvolvimento no mercado. Ele compartilha seu conhecimento e experiência com estudantes e profissionais interessados em aprimorar suas habilidades e conhecimentos na indústria da moda. Diogo encontrou um espaço para ensinar no Centro de Inclusão em Ananindeua, onde trabalha para capacitar e inspirar outras pessoas a seguirem carreira na área. Em entrevista a O Liberal Ananindeua, o artista falou sobre a vida, referências, planos e muito mais. Confira!

Você é um multiartista. Acredita que os artistas paraenses possuem essa característica de serem múltiplos?

Acredito que sim, através das oportunidades que nos são lícitas, dá pra gente se desenvolver de forma profissional e pessoal, o sangue paraense é muito ativo, e sempre em busca de crescimento podemos conseguir tudo.

Existe o mercado do teatro infantil, na parte de animação, essa área é muito procurada?

O mercado sempre esteve presente por essa linha de oportunidade, e com a pós-pandemia podemos observar que o crescimento em eventos infantis tem bastante fluxo. Eu costumo dizer que é necessário ter produtos e saber escolher, e o Sigma em Arte tem estratégia de mercado.

Como é o atual cenário do teatro em Ananindeua?

O atual cenário está em construção e procurando uma linha de raciocínio para ter uma identidade. Acredito que deveriam investir mais na arte para termos pessoas melhores, a arte é um antídoto para melhorar a vida.

Além de atuar, quem trabalha com teatro pode seguir nos ramos de figurinista, maquiagem artística, cenógrafo, entre outros. Como se profissionalizar nesses setores? O que é mais exigido atualmente desses profissionais?

Se tiver um planejamento estratégico de vida, sim. Cursos como na EDTUFPA se fazem  muito importantes, além também de oportunizar possibilidades. Eu, por exemplo, me formei lá e fiz bastante contato, já estou há 16 anos trabalhando no Sigma como maquiador, figurinista, ator e produtor fonográfico da empresa. O que é exigido é força de vontade, sem isso a gente não se desenvolve.

Quais foram as referências artísticas importantes quando você começou a trabalhar com teatro?

A minha maior referência foi o James Dean, apesar de ser um personagem jovem, ele transmite todo um impacto que marcou na história, pois foi uma referência jovem dos anos 50 como ator e rebelde.

E atualmente, você pode mencionar alguns outros artistas ou grupos cujos  trabalhos você acredita serem potentes ou fonte de inspiração?

Tenho uma apreciação grande pela minha equipe. Juh Silva que trabalha com grafitagem e cenografia, Julia Albuquerque que trabalha como direção de cena, safira Clausbergue é um ícone de beleza e performance, outra referência é Rodrigo Mourão, que trabalha com áudio e produção de cena e, por último, minha admiração fica para Leandra Leeh, que já fez parte de grandes trabalhos na cena, como Netflix. O grupo que admiro é o grupo Encenação, um trabalho sensacional de cena e projeção de voz.

Como o poder público e o setor privado podem apoiar a Cultura na sua opinião? 

O poder público e o setor privado podem apoiar a cultura por meio do investimento financeiro, da criação de infraestrutura cultural, da implementação de políticas inclusivas, do patrocínio de eventos e projetos culturais, e do estímulo ao empreendedorismo cultural. Ao trabalharem em conjunto, eles podem fortalecer o cenário cultural e promover o desenvolvimento e a valorização da arte e da cultura na região.

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