Rua da Pratinha não possui saneamento e ponte seria irregular, afirmam denúncias
A reportagem ouviu moradores denunciaram que a Rua 13 de Junho está quase intrafegável porque é coberta de terra e pedras
Na rua 13 de Junho, no bairro da Pratinha 2, em Belém, a falta de manutenção da via é uma reclamação constante de moradores. Eles também denunciam que a estrutura da ponte que passa pelo Canal Mata Fome se encontra em condição irregular, porque está em forma oblíqua e sem degrau suficiente.
"Esse problema tem anos e anos. Pode passar o tempo que for, nada é resolvido. Quando chove, alaga tudo, e tem gente que fica no fundo com esses alagamentos. É rato, é cobra. Animais perigosos aparecem. Construíram essa ponte, mas ela já está toda torta. Foi um serviço feito muito rápido e, depois, foram embora, como se o problema já estivesse resolvido", conta uma moradora que não se identificou.
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Além disso, a rua 13 de Junho não possui pavimentação asfáltica, conforme reclamaram moradores. Eles ressaltam que ela é coberta de terra e pedra. E que isso dificulta a mobilidade. Tem morador que precisa comprar ou pedir piçarras para realizar a manutenção e criação de calçadas. A própria comunidade precisa realizar a manutenção da frente das casas, segundo as denúncias.
"Eu gasto com aterro em torno de R$ 300 reais. Ainda temos que pagar para alguns trabalhadores trazerem o aterro. E para que realizem os procedimentos de aterramento. A comunidade está abandonada, os órgãos públicos prometem, mas não fazem nada", desabafa a moradora.
Em nota divulgada na quinta-feira (20), a Prefeitura de Belém informou que a rua 13 de Junho faz parte de um grupo de vias que necessitam de obras estruturantes e serviços asfálticos. O órgão também comunicou que tem trabalhado na busca de recursos para realizá-las. "Ao mesmo tempo, há um projeto macro previsto para a área do Canal Mata Fome, onde a rua 13 de Junho está inserida, que vai mudar a vida das pessoas que moram no entorno do Canal Mata Fome", informa a nota.
A Prefeitura acrescentou que a execução da Macrodrenagem do Mata Fome tem como principais objetivos a renaturalização e integração com a mobilidade urbana, como, por exemplo, a construção de uma ciclovia que faça a interligação das ciclovias das avenidas Augusto Montenegro e Arthur Bernardes.
Além da macrodrenagem do canal, a Prefeitura disse que estão previstas obras de mobilidade urbana; recuperação da mata ciliar, importante para evitar a erosão do leito do igarapé; a preservação das mais de 15 nascentes d’água existentes na área; a integração viária com ciclofaixa e a capacitação de moradores, visando a trabalho e renda.
"O Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), banco de fomento que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, vai financiar U$$ 60 milhões de dólares para a execução da obra", detalha a nota.
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