Doméstica Silvia Santos denuncia buracos e falta de ônibus no conjunto Satélite
Os moradores dizem que já reclamaram bastante sobre a falta de manutenção das vias do conjunto, mas nada foi feito
Na travessa WE - 8, localizada no conjunto Satélite, no Coqueiro, em Belém, um buraco causa transtornos devido a sua grande profundidade. Para sinalizar o problema, os moradores colocaram uma cadeira, junto com pedaços de madeira e um galão de água para evitar que veículos e pedestres sofram acidentes durante o trajeto na área. As denúncias também afirmam que há falta de ônibus, segundo informações da secretária do lar Silvia Santos.
A denunciante conta que o conjunto Satélite está abandonado por conta da falta de manutenção das vias e que a situação se estende por vários meses. "Nosso conjunto está uma porcaria, não tem mais onde colocar buracos. Sobre os ônibus, já faz quatro anos que não ando de ônibus porque os transportes são quebrados e não levam pessoas que usam cadeiras de rodas", desabafa.
VEJA MAIS:
"Os ônibus acabaram. Só existe uma linha de ônibus, que é da UFPA. Acabaram com os transportes para o Ver-o-Peso. Quem quiser ir para o centro, precisa pegar de três a quatro ônibus", acrescenta Silvia.
De acordo com a denunciante, os moradores já tentaram conversar com as autoridades municipais e estaduais sobre os problemas do conjunto, mas não houve retorno. Silva, que usa cadeira de rodas, contou que outras pessoas com deficiência também enfrentam dificuldades por não conseguir andar em coletivos. Eles alegam falta de acessibilidade nos transportes públicos do bairro.
"Eu acho isso um absurdo, não é só eu com deficiência, são várias pessoas de cadeiras de rodas que tem por aqui pelo nosso conjunto e ninguém anda de ônibus", acrescentou Silvia Santos.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (11), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da capital (Setransbel) esclareceu que o quantitativo de veículos em operação na Região Metropolitana de Belém é de competência do poder público, que sempre leva em consideração a demanda de passageiros de acordo com a realização das devidas análises técnicas.
"Reiteramos, também, que a migração de passageiros para transportes alternativos impacta diretamente a frota, que é calculada para atender de forma proporcional a demanda de passageiros", comunica a nota.
O Setransbel também explica que a passagem paga pelo usuário é a única fonte de recurso do sistema e que as empresas vêm acumulando cerca de R$18 mil em prejuízos mensais, desde março de 2022, quando a tarifa homologada foi reduzida em 20% da tarifa técnica aprovada pela Semob e pelo conselho municipal de transportes.
"A operação permanece sem subsídios do poder público, que poderiam melhorar a prestação do serviço, bem como manter a circulação de linhas com menor demanda, como as que operam no bairro do Satélite", detalha a nota.
"Em relação aos equipamentos de suporte para PCD’s estarem danificados, precisamos que os usuários informem em quais veículos estes objetos foram encontrados em tal situação para que possamos informar a empresa e providenciar a reparação dos mesmos”, finalizou.
A reportagem solicitou nota para a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) e para Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). Não houve retorno até o fechamento desta edição.
O projeto Você Repórter é uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, acesse www.oliberal.com/voce-reporter. Você também pode se conectar usando o QR Code ao lado ou pelo WhatsApp (91) 98565-7449. A equipe de reportagem irá checar as informações e publicar o conteúdo em todas as nossas plataformas.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA