Comerciante Jéssica Leão denuncia abastecimento de água irregular na Sacramenta e Barreiro
A comunidade afirma que a água é racionada e que no horário do almoço, em torno de 12h, o abastecimento é encerrado
Os moradores dos bairros da Sacramenta e Barreiro reclamam da constante falta de água nas suas comunidades. A equipe do Você Repórter foi até a passagem Bom Jesus, próximo ao canal São Joaquim, no Barreiro, para falar sobre a instabilidade de água que atormenta os moradores há 15 anos. A comunidade afirma que a água é racionada e que no horário do almoço, em torno de 12h, o abastecimento é cortado. A moradora e comerciante Jéssica Leão diz que a água só volta próximo do período da noite.
Jéssica é dona de uma venda de refeições. Para obter água, ela utiliza baldes e camburões carregados de água para realização de serviços domésticos, limpeza de louças sujas e higienização do ambiente em que trabalha. "A gente precisa fazer essa coleta da água, porque ao meio-dia ela vai embora. E fica difícil de fazer as atividades da venda", explica.
"Nós convivemos com esse problema há muitos anos. Nós ficamos a tarde toda sem água e só volta em torno das 17h30 ou 18h. E quando ela volta, precisamos encher os baldes rapidamente, porque em torno das 22h, a água vai embora novamente e só volta no outro dia", conta Jéssica.
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O morador e garçom Marcelo Oliveira conta que a passagem Bom Jesus não é a única rua com instabilidade no fornecimento de água. "Outras ruas que sofrem com isso são as passagens Cabedelo, Santa Maria, Gastão e outras vias dessa região. É um problema antigo, mas do jeito que o tempo está ficando quente, a gente precisa que essa água volte à normalidade", diz.
"As pessoas daqui precisam guardar água, porque se não houver o abastecimento, a gente não toma banho. A gente guarda em baldes grandes, pois são para toda a família. A gente até pensou em colocar uma piscina aqui na frente para guardar água", acrescenta Marcelo.
Todos os moradores afirmam estarem cansados de fazer reclamações e ninguém sabe ao certo o motivo da área não obter um bom serviço de abastecimento. "Meu esposo é uma pessoa com deficiência. Ele é acamado e tenho muita dificuldade, porque às vezes ele quer ir ao banheiro e é necessário que tenha água para isso. Nós passamos por muito sufoco e só queremos ter um bom fornecimento de água", desabafa Jéssica.
A reportagem solicitou nota para a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) para saber que providências estão sendo tomadas frente ao problema. Na última quinta-feira (28), a Cosanpa informou que dois novos poços estão sendo perfurados para fortalecer o abastecimento nas áreas. "Além disso, a Cosanpa está realizando limpeza e desinfecção de todos os poços do setor", diz a companhia.
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