Novos profissionais de tecnologia anseiam por espaço no mercado com pautas inovadoras
Com compreensão intuitiva dos avanços tecnológicos, eles querem conquistar posições de destaque ao mesmo tempo em que deixam sua marca na sociedade
Expoentes no mundo da tecnologia, jovens profissionais têm se destacado e impulsionado avanços e inovações em diversas áreas. A compreensão intuitiva das últimas tendências tecnológicas ajuda os mais novos a se posicionarem de forma única frente às novidades do mercado. Interessados, cada vez mais, em habilidades afiadas, seu objetivo é conquistar posições de destaque e deixar sua marca na sociedade.
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Formada em biotecnologia desde 2019, Vanessa Albuquerque, de 26 anos, concluiu o mestrado e hoje faz doutorado na mesma área, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), após ter cursado algumas especializações. Ela explica que o estudo de biotecnologia tem o papel de criar serviços e produtos para a sociedade, utilizando micro-organismos vivos ou tecnologias da biologia, química e física.
Foi justamente essa junção de disciplinas que atraiu Vanessa para a área, já que a estudante sempre teve afinidade com matérias da ciência, incluindo matemática. “O meu interesse veio da minha formação educacional, e me encantei pela biotecnologia por não escolher só uma dessas áreas”, afirma.
Desde o início da graduação, a pesquisadora tem contato com o mundo científico e tem feito uma pesquisa importante: o desenvolvimento de biocombustíveis, ou seja, combustíveis verdes, ambientalmente amigáveis, experimento feito a partir de produtos naturais provenientes da região amazônica, como frutas. Para Vanessa, essa área de pesquisa é “fundamental” porque, além de usar insumos locais, tem o objetivo de cuidar e proteger a região, contribuindo para manter a floresta em pé e reduzir gases do efeito estufa.
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“A tecnologia é uma tendência, isso já começou e ainda vai aumentar a aplicação dela no que a gente desenvolve, porque é uma ferramenta para ajudar a sociedade. A gente busca viver em uma sociedade melhor e a tecnologia facilita, tanto em bem-estar como no cuidado com o meio ambiente. A tecnologia está presente em tudo e a preservação envolve essa área”, ressalta.
Profissionalmente, Vanessa ainda quer contribuir dentro da academia, repassando seus conhecimentos a novos estudantes e pesquisadores. Por isso, ao finalizar o doutorado, pretende se inscrever em uma seleção da universidade: “começamos com uma sementinha, como professores, fazendo pesquisa e ensinando, e isso beneficia todas as pessoas ao nosso redor”.
Na opinião da biotecnóloga, os profissionais da área de tecnologia estão entre os mais valorizados do mercado, justamente por resolverem problemas gerais.
“Quem trabalha com tecnologia é a chave para muitos problemas. Na academia, temos investimentos das universidades e, em termos salariais, conseguimos ganhar mais; na indústria, também podemos resolver problemas e os valores são muito interessantes. Somos profissionais extremamente valorizados porque resolvemos diversos problemas ao nosso redor, e acho que seremos cada vez mais valorizados devido a essa necessidade”, avalia.
Inovação
Há vários mercados em ascensão quando se fala em tecnologia. É o que diz o mestre em tecnologia e sustentabilidade e especialista em análise e desenvolvimento de sistemas Rodrigo Marques, que atua em tecnologia há mais de duas décadas. Segundo ele, uma área específica de destaque é a ciência de dados, que ele chama de “novo petróleo” - é a função que trata os dados e os transforma em informação, gerando conhecimento para a tomada de decisão.
Além disso, ele diz que a área de inteligência artificial (IA) está forte e se desenvolvendo no mercado, além de diversas soluções de tecnologia voltadas para a sustentabilidade. “Cada vez mais projetos estão contribuindo para essa área sustentável também. Logicamente, a tecnologia apoia esse segmento das mais diversas formas, como, por exemplo, no agronegócio, em que hoje em dia tudo é tecnológico, possibilitando justamente esse desenvolvimento e a contribuição do profissional de TI para as mais diversas áreas”, pontua.
Marques avalia que o mercado de tecnologia como um todo está “muito aquecido” e busca profissionais diferenciados. Por isso, além da própria graduação ou do curso técnico, é importante que os interessados se desenvolvam em sua área de atuação, fazendo vários cursos. Por exemplo, o especialista destaca que estudos como desenvolvimento na página web, ciência de dados, inteligência artificial e robótica são capazes de posicionar e encaixar rapidamente profissionais no mercado de trabalho.
Expectativa
Outro profissional da área é Állan Pinto, de 21 anos, que se formou no ano passado em análise e desenvolvimento de sistemas, pela Universidade da Amazônia (Unama), e já começou outro curso em fevereiro deste ano: ciências da computação, na mesma instituição. “A primeira graduação foi um tecnólogo, que tem uma grade de dois ou três anos. E, com isso, caso você queira cursar ciências da computação, só precisa fazer mais dois anos e, em um prazo máximo de cinco anos, você tem dois certificados de ensino superior”, indica.
Állan sempre gostou da área de tecnologia, principalmente após ganhar seu primeiro computador, aos seis anos de idade, o que abriu um “novo mundo” para ele. Hoje, o estudante vê o mercado de trabalho de tecnologia da informação (TI) totalmente aquecido e precisando de profissionais qualificados, além de oferecer ótimas oportunidades, salários e, ainda, com carga horária flexível.
“A área da tecnologia está apenas no início, principalmente agora com a geração das inteligências artificiais (IAs), que vêm mudando tudo, desde a educação gratuita até mesmo o desenvolvimento de vacinas e outras coisas para a sociedade. A tendência é só crescer. É possível se destacar nela, mas, claro, se especializando e sempre atento a estudar as novidades dessa área, afinal, a tecnologia está em constante desenvolvimento e sempre tem novidades no mercado”, comenta.
O segmento que mais chama atenção do profissional é o de back-end e ciência de dados, inclusive a área de análise de dados, que, de acordo com Állan, tem crescido muito nos últimos anos. Além da graduação, o estudante também está fazendo por fora um curso de python completo, com foco em análise de dados.
“Hoje, no mercado tecnológico, principalmente para back-end de nível sênior, há vagas com salários acima de R$ 50 mil. É claro que, para um salário desse, o profissional tem que se destacar na área. Isso exige muito esforço e dedicação nos estudos, e pretendo me especializar e me destacar na minha área para, quem sabe, chegar próximo desse valor”, adianta.
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