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Zanin arquiva ação contra senador Seif por apologia à violência policial nas redes sociais

Estadao Conteudo

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta terça-feira, 18, um pedido para que o senador Jorge Seif (PL-SC) fosse investigado por apologia à violência policial nas redes sociais. A informação foi publicada pelo site Platô e confirmada pelo Estadão.

O senador foi alvo de um representação ao Ministério Público Federal (MPF) após afirmar nas redes sociais que os policiais militares que jogaram o entregador de aplicativo Marcelo Barbosa do Amaral, de 25 anos,do alto de uma ponte em dezembro do ano passado na região de Cidade Ademar, deveria ter jogado o homem de um penhasco.

"Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque, com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio", escreveu o senador no X no dia 4 de dezembro.

"Minha solidariedade e apoio INCONDICIONAL aos PMs e ao Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O "filósofo" Sivuca já dizia em 1986: bandido bom é bandido morto. Tá com pena das vítimas da sociedade? Leva pra casa!", acrescentou.

O soldado da Polícia Militar Luan Felipe Alves Pereira foi preso preventivamente após pedido da Corregedoria da PM.

Horas depois, o senador catarinense apagou a publicação. Em discurso no plenário do Senado, no dia 9 de dezembro, que cometeu um erro ao fazer a declaração nas redes sociais.

"Eu fiz uma manifestação nas minhas redes sociais até dura, agressiva, e no final descobrimos que, na verdade, o rapaz era entregador de aplicativo, que ele se desesperou. Não foi uma luta, simplesmente foi uma ação deliberada", declarou o senador.

A representação contra Seif foi remetida ao Supremo Tribunal Federal em janeiro deste ano pela Justiça Federal de São Paulo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou pelo arquivamento do caso por entender que as declarações de Seif estão sob imunidade parlamentar.

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