Políticos paraenses reagem a atentado em Brasília

Homem morreu após jogar bombas na Praça dos Três Poderes. Ele tinha 59 anos e tentou acessar o STF com explosivos.

Camila Azevedo
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A morte de um homem em Brasília, após uma série de explosões na Praça dos Três Poderes na noite da última quarta-feira (13), provocou reações de políticos paraenses. Nas redes sociais, representantes do estado no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) se manifestaram sobre o ocorrido e cobraram mais investigações dos órgãos competentes.

Francisco Wanderley Luiz tinha 59 anos e, segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a morte ocorreu em uma área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Um carro com artefatos explosivos foi encontrado no local. O veículo explodiu e ficou parcialmente destruído. Conhecido como “Tiu França”, ele foi candidato a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC).

A candidatura de Francisco foi o gancho usado pelo deputado federal Delegado Éder Mauro, também do PL, para comentar o atentado. “As manchetes que estampam em letras garrafais que o tal ‘Tiu França’ foi candidato pelo PL, escondem que isso ocorreu nas eleições de 2020. Portanto, antes da reformulação e da guinada à direita do partido, processo que se iniciou em 2022”, disse no X (antigo Twitter).

O senador Zequinha Marinho (Podemos) considerou que o ocorrido em Brasília reflete o “clima de insatisfação que se espalha pelo país, em grande parte alimentado pela polarização e pelo STF”. “No entanto, a solução para nossas frustrações não pode ser a violência! O caminho é a política, o diálogo e o respeito à democracia”, destacou o parlamentar.

Por outro lado, o também senador Beto Faro (PT) disse que o ataque contra o STF escancarou o quanto a democracia do país segue ameaçada. “Explosões atingiram a Praça dos Três Poderes, resultando em uma morte, indicando um possível ataque. A polícia já está investigando, mas exigimos fortemente que os responsáveis por esse ato bárbaro sejam identificados e punidos”.

“Não podemos tolerar que esse crime fique impune. É um ataque direto à sociedade e um sinal claro de que os golpistas ainda agem livremente para enfraquecer nossas instituições. Esperamos respostas firmes das autoridades do DF sobre o caso”, concluiu o senador paraense nas redes sociais.

A deputada estadual Lívia Duarte (Psol), que está no Azerbaijão para participar da 29º  Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), publicou no X que acompanha, à distância e com preocupação, as notícias sobre o atentado na capital. “As informações que se têm até aqui nos levam a concluir que: o Bolsonarismo precisa ser combatido com todas as forças em todos os espaços, o mais rápido possível”.

Ameaças

Uma hora antes da explosão, Francisco fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional. Em seu perfil no Facebook, ele reproduzia teorias conspiratórias anticomunistas como o QAnon, populares na extrema direita americana.

O barulho das explosões pôde ser ouvido tanto do prédio do STF como do Palácio do Planalto. Na sede do Supremo, os servidores foram levados por seguranças para uma sala segura. Imagens de um carro explodindo no estacionamento da Câmara dos Deputados circularam. Essa segunda explosão ocorreu em região que também fica próxima à Praça dos Três Poderes.

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