Polícia Federal apresenta novas informações sobre prisão do ex-senador Luiz Otávio Campos

Ex-parlamentar é preso dentro da operação Fora do Caixa, desdobramento da Lava Jato

Redação Integrada
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O ex-senador Luiz Otávio Campos está detido na sede da Polícia Federal, em Belém, aguardando a audiência de custódia, que será realizada pela Justiça Eleitoral. Além dele, foi preso Álvaro César Silva da Rin, no Estado do Tocantins, durante a Operação Fora do Caixa, desdobramento da operação Lava Jato, deflagrada a partir das 6h da manhã desta quinta-feira (9), nas cidades de Palmas, Belém e Brasília. Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta, na PF, com a presença do superintendente do órgão no Pará, Wellington Santiago da Silva, o delegado Bruno Benassuly apresentou novas informações sobre o caso. Eles não citaram e nem confirmaram o nome de nenhum dos investigados. 

No entanto, através de uma fonte ligada ao processo, O Liberal confirmou o nome do ex-senador e de Álvaro César. Os mandados de busca e apreensão também tiveram como alvos Antônio Carlos Borges Leal de Brito (Belém), José Augusto Ribeiro de Almeida (Brasília) e Mariana Campos de Brito (Belém).

A investigação teve início a partir da colaboração premiada feita por executivos da empresa Odebrecht, os quais relataram o pagamento de R$ 1,5 milhão, através de caixa 2, para a campanha do então candidato ao governo do Estado do Pará nas eleições de 2014, Helder Barbalho.

Sem citar nomes, o delegado Bruno Benassuly informou que uma medida foi indeferida pela Justiça: o mandado de busca e apreensão na residência e outros endereços do então candidato ao governo. Porém, ele não comentou os motivos do pedido ter sido negado. “Nada impede que em momento futuro seja requerida uma nova diligência. A gente não vai comentar decisão da justiça, porque não cabe à Polícia Federal”, declarou.

O processo tramita na 1ª Zona Eleitoral. Segundo a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o órgão está fazendo o cadastro no Sistema de Audiência de Custódia – SISTAC, do Conselho Nacional de Justiça, para poder marcar a audiência de custódia.

Em sua rede social, o governador Helder Barbalho comentou sobre a operação da Polícia Federal. “Afirmo que não sou alvo da ação. Minha campanha ao Governo do Pará, em 2014, foi feita dentro da legislação vigente à época”, escreveu. O governador ressaltou ainda que as doações oriundas da empresa Odebrech foram integralmente declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e suas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral. “Reitero o compromisso com a lisura de todo processo eleitoral e com o trabalho da Justiça”.

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