Plenária reúne cerca de 800 indígenas representantes de 100 povos no Hangar
A ministra Sonia Guajarara defendeu o protagonismo dos povos indígenas dos territórios pan-amazônicos e a participação concreta destes no documento que será entregue aos chefes de Estado que estarão presentes na Cúpula da Amazônia, nos proximos dias 8 e 9, em Belém.
Sonia fez questão de saudar todas as lideranças indígenas dos países da bacia amazônica que vieram à capital paraense participar dos Diálogos Amazônicos, neste fim de semana, em preparação para a Cúpula. A plenária trouxe a Belém representantes de povos do Suriname, Colômbia, Equador Venezuela e Guiana Francesa, entre outros.
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"Uma honra estar na plenária e como ministra dos ministério dos Povos Indígenas. Quantos anos levamos para isso? Na Funai, foram precisos 55 anos para termos a primeira mulher na presidência da Fundação. O Equador há 15 anos tem um ministério dos Povos Indígenas", observou a ministra brasileira.
Sonia destacou o protagonismo da luta indígena e o esforço do movimento para assegurar a grande participação de povos no evento e na construção da proposta que, na opinião dela, deve ter uma diversidade, o que só será possível se o documento considerar as questões indígenas.
A ministra elegeu como prioridade temas como a emergência climática, a diversidade de pessoas que vivem no território amazônico, a retomada da demarcação e a titularidade dos territórios. "É preciso apoiar a bioeconomia indígena, proteger as unidades de conservação, retirar os ilegais dos nossos territórios", defendeu.
E acrescentou: "A nossa presença não pode ser somente física, nós temos de ajudar a construir uma mudança de governo. E não pensem que isso é fácil. A covid, no governo passado, matou mil indígenas. Os Yanomami com garimpeiros e água contaminada. Era, sim, uma política de extermínio do nosso povo. Mas, hoje estamos aqui. O estado não está preparado para a nossa institucionalidade, mas nós estamos aqui e vamos conseguir fazer com que a participação indígena esteja neste documento. Nunca mais um Brasil sem nós ".
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