PF solicita ao STF a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro
Nesta sexta-feira (11), a PF realizou mandados de busca e apreensão direcionados ao general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid
A Polícia Federal (PF) fez um requerimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscando a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro. As autoridades envolvidas no caso alegam que há situações até então não reveladas que apontam para um suposto envolvimento mais substancial do ex-presidente no episódio relacionado às joias. De acordo com as mesmas fontes ouvidas pela CNN, não existe pressa para interrogar os investigados, pois já existiriam evidências contra eles.
No decorrer da última sexta-feira (11), a PF realizou mandados de busca e apreensão direcionados ao general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A ação também abarcou o ex-advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, o tenente do Exército Osmar Crivelatti, e o próprio Mauro Cid.
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A determinação para essa operação, que teve o propósito de investigar supostos desvios de itens pertencentes à União, foi originada do ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, a Polícia Federal identificou indícios de que o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República poderia ter sido utilizado para desviar presentes de alto valor para o acervo pessoal de Jair Bolsonaro. Moraes também indicou que existem suspeitas de que esses objetos seriam vendidos, com os recursos sendo repassados em espécie ao ex-presidente.
De acordo com a investigação da PF, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid teria levado presentes recebidos pelo governo brasileiro para os Estados Unidos, com o intuito de comercializá-los. Os objetos teriam sido transportados no mesmo avião presidencial que levou Jair Bolsonaro para Orlando, em 30 de dezembro, às vésperas do término de seu mandato. Conforme a operação policial, há indícios de que a conta bancária do pai do ex-ajudante tenha sido usada para receber pagamentos referentes à venda de presentes de alto valor que foram recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.
A investigação também revelou que esse método teria sido utilizado para retirar do Brasil pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos pelo ex-presidente em viagens internacionais quando ele atuava como chefe de Estado.
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