Paraense que planejou atentado em Brasília tenta cumprir pena no Pará

A defesa de George Washington de Oliveira Souza já fez pedido formal para que a pena seja cumprida no Pará; semiaberto foi autorizado para trabalho.

Amanda Engelke
fonte

O paraense George Washington de Oliveira Sousa, condenado a 9 anos e 8 meses de prisão por planejar um atentado no aeroporto de Brasília (DF) na véspera de Natal de 2022, foi autorizado a cumprir o restante da pena em regime semiaberto. A decisão passou a valer no último sábado (18). Contudo, o intuito de George, conforme informou a sua defesa à reportagem nesta segunda-feira (20), é voltar à cidade da família, Xinguara, no sul do Pará. Já houve pedido formal à Justiça.

Estamos aguardando retorno do Sistema Penitenciário do Pará para ver se existe disponibilidade de receber ele”, informou a advogada Rannie Karlla Monteiro, acrescentando que o deferimento do semiaberto é resultado do tempo já cumprido por George de sua pena. “Ele cumpriu 16% da pena. Foi deferido o trabalho externo para ele, que seja mediante Funap (Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal) ou carta de emprego”. Ele cumpre a pena em Brasília.

Na prática, por enquanto, George só tem direito às saídas para trabalho. Desde a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), George ainda não deixou o Penitenciário do Distrito Federal (PDF I). Ele pode ingressar no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), porém, além da carta de emprego, a saída “depende de estudo pelo departamento psicossocial” do Sistema Penitenciário de Brasília, conforme informou a advogada à reportagem.

Veja mais

image PF deve investigar plano de ataque a bomba no aeroporto de Brasília, argumenta PGR
Três suspeitos foram presos pela Polícia Civil do Distrito Federal neste caso, mas a participação de outras pessoas no esquema não é descartada pela polícia

Embora as saídas temporárias nos finais de semana não tenham sido deferidas, a defesa de George busca reverter a situação. A advogada Rannie Monteiro explica que o não deferimento provém do fato de Geroge não ter recebido visitas durante o tempo em que permaneceu preso em regime fechado. “Já estamos providenciando alguns documentos comprovando que existem pessoas dispostas a receber ele durante as saídas temporárias”, afirma a defesa de George.

Antes da prisão, George era gerente de um posto de combustíveis. Ele foi preso poucas horas após a descoberta de uma bomba em um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília na noite de 24 de dezembro de 2022. Foram encontrados um fuzil, espingardas, revólveres, munição e artefatos explosivos em seu apartamento alugado. Ele declarou ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e estava em Brasília para participar de manifestações contra o resultado das eleições de 2022.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA