Mais de 30 mil paraenses aguardam por perícias médicas do INSS
O dado foi obtido a partir da informação divulgada pelo Instituto, de que, no Estado, há 346 pessoas na fila para cada 100 mil habitantes e da estimativa do IBGE, que aponta a população do Pará como algo em torno de 9 milhões de habitantes
O Pará tem mais de 30 mil pessoas na fila aguardando pela realização de perícia médica do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para começar a receber benefícios. O dado, obtido a partir da informação divulgada pelo Instituto - de que, no Estado, há 346 pessoas na fila para cada 100 mil habitantes e da estimativa do IBGE, que aponta a população do Pará como algo em torno de nove milhões de habitantes - refere-se apenas às pessoas que já estão com a perícia marcada, ou seja, aquelas que ainda não conseguiram sequer marcar o procedimento nem entram nessa contabilidade.
No início deste mês, o INSS também informou ao Grupo Liberal que, atualmente, 59.875 pedidos de benefício aguardam conclusão do INSS no Estado do Pará. Ou seja, os mais de 30 mil que esperam pela perícia médica somam-se a outros, em diferentes fases, chegando a quase 60 mil pessoas no aguardo para ter acesso a um benefício.
De acordo com o INSS, a demora para realização nas perícias médicas se deve a diversos motivos, entre os quais, a pandemia de Covid-19, quando muitos procedimentos precisaram ser suspensos e, assim, a fila aumentou, e, também, à greve de peritos e servidores, ocorrida no ano passado. O sistema em que o INSS opera também é apontado como um dos fatores que contribuem para o atraso, já que, muitas vezes, o sistema trava ou fica lento, impedindo que os procedimentos sejam realizados.
Mesmo com a estimativa de 30 mil pessoas aguardando na fila por perícia médica, o Pará é um dos Estados com menor média no Brasil, se tomarmos como referência o dado de pessoas na fila a cada 100 mil habitantes. Por essa perspectiva, o Pará tem 346 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes, o sexto melhor resultado do País, atrás apenas dos Estados de Roraima (64 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes); Acre (67 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes); Rio de Janeiro (236 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes); São Paulo (284 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes) e Rio Grande do Sul (319 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes).
Na outra ponta, os Estados com mais gente na fila de espera são: Piauí (com 1.320 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes); Alagoas (1.153 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes); Rondônia (1.023 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes); Sergipe (957 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes) e Mato Grosso (896 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes). Em todo o Brasil, há, atualmente, quase um milhão de pessoas aguardando por perícia médica.
De acordo com o Ministério da Previdência Social, ao qual o INSS está ligado, o órgão segue trabalhando para garantir o aumento na quantidade de processos analisados por mês. Os servidores buscam realizar um diagnóstico dos problemas atuais para que se possa propor soluções capazes de acelerar a redução do estoque de processos e o tempo médio de concessão de benefícios.
Confira os Estados com maior e menor fila por perícia médica no Brasil, levando em conta o número de pessoas na fila por cada 100 mil habitantes:
Maiores filas:
Piauí - 1.320 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Alagoas - 1.153 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Rondônia - 1.023 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Sergipe - 957 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Mato Grosso - 896 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Ceará - 884 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Menores filas:
Roraima - 64 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Acre - 67 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Rio de Janeiro - 236 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
São Paulo - 284 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Rio Grande do Sul - 319 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
Pará - 346 pessoas na fila a cada 100 mil habitantes
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