Lula sugere a Alckmin nova edição de incentivo à compra de eletrodomésticos
Declaração foi feita após programa de carro zero, que terminou semana passada; medida não seria novidade no governo Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu a Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio uma nova edição de um programa de incentivo à compra de eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras, máquinas de lavar e televisões.
A declaração foi dada durante cerimônia de condecoração de cientistas e pesquisadores no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (12). Na ocasião, Lula citou o programa que conferiu desconto em carros zero quilômetro, que foi encerrado na semana passada com a venda de cerca de 125 mil automóveis.
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A política de incentivo a compra da linha branca não seria novidade no governo. Em 2009, durante o seu segundo mandato como presidente, Lula lançou uma iniciativa que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os itens.
"Até falei para o Alckmin: 'Que tal a gente fazer uma aberturazinha para a linha branca outra vez?'. Facilitar a compra de geladeira, de televisão, de máquina de lavar roupa. As pessoas, de quando em quando, precisam trocar os seus utensílios domésticos. Quando a geladeira velha tá batendo, não tá gelando a cerveja bem, e tá gastando muita energia, você tem que trocar. E, se está caro, vamos baratear, tentar encontrar um jeito", afirmou Lula.
Na sequência, o presidente se dirigiu à ministra do Planejamento, Simone Tebet, pedindo que ela "abra a mão um pouquinho", para o governo poder "facilitar a vida do povo que quer ter acesso" aos produtos.
O presidente ponderou, no entanto, que o povo tem de consumir de "forma responsável". "Ninguém pode gastar o que não tem", afirmou. Segundo o presidente, nos próximos dias, o governo deve lançar oficialmente o Desenrola, programa de renegociação de dívidas de pessoas físicas que tem o objetivo de aquecer o consumo no país.
Tebet faz alerta
Após a cerimônia, Simone Tebet foi perguntada se é possível oferecer descontos em produtos da linha branca. “Calma, calma”, afirmou a ministra. Ela também disse que o tema não estava em discussão no governo e que a questão deve ser tratada pelo vice-presidente Geraldo Alckmim.
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