Integrantes da CPI da Covid reagem a pedidos de arquivamento de investigação
Relator afirma que ação da PGR foi 'blindagem às vésperas da eleição'
Para o senador licenciado Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, houve uma "blindagem às vésperas da eleição" com os pedidos de arquivamento, nesta segunda-feira (25), solicitados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. As informações são do G1 Brasília.
Sete das dez apurações preliminares sobre o presidente Jair Bolsonaro, ministros e ex-ministros do governo estarão arquivadas.
Renan Calheiros foi o responsável por elaborar o relatório final da CPI, aprovado pela comissão em outubro do ano passado. Para o emedebista, a medida tomada pela PGR "não surpreende ninguém".
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"Depois de ilusionismos jurídicos por quase um ano, a PGR sugere engavetar as graves acusações contra Bolsonaro durante a pandemia. A blindagem, às vésperas da eleição, não surpreende ninguém", afirmou o parlamentar.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o pedido de arquivamento é um "desrespeito" à memória das vítimas.
"Sempre disse que a CPI não buscava vingança. Sei que o trabalho da comissão produziu resultados importantes. Garantimos vacinas nos braços dos brasileiros, lutamos pela vida e investigamos com muita seriedade absurdos cometidos pelo chefe do Executivo, ministros e assessores, num trabalho que se desenvolveu sob o olhar atento de milhões de cidadãos. A PGR precisa prestar satisfações à população. Esta decisão é uma vergonha para a instituição", afirmou, por meio de nota.
O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou os pedidos de arquivamento como um "insulto" às vítimas e disse que vai contestar no STF a decisão da Procuradoria-Geral da República de pedir o arquivamento.
"Isso é um insulto às quase 700 mil vítimas da covid-19 no país. Augusto Aras [procurador-geral da República], com este ato, se torna cúmplice dos crimes cometidos e rebaixa a PGR à condição de cabo eleitoral de Bolsonaro. Não aceitaremos e recorreremos, por todos os meios, desta decisão", escreveu em uma rede social.
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