CPI das ONGs: Líder indígena diz que 'quanto mais miserável for o povo yanomami, mais matéria-prima'
Líderes indígenas falam na CPI que investiga atuação de organizações não governamentais
A Comissão Parlamentar de Inquérito das Organizações não Governamentais, a CPI das ONGs, em reunião nesta terça-feira (27), ouviu os líderes indígenas Alberto Brazão Góes, Adriel Kokama e Valdeci Baniwa. Os convites foram feitos atendendo a requerimentos do senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente do colegiado.
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Segundo o primeiro requerimento apresentado por Plínio Valério, o líder yanomami Alberto Brazão Góes teria denunciado o suposto tratamento inadequado dado às comunidades indígenas na Amazônia.
Góes falou na CPI que “povo yanomami quer empreender”, mas que o povo indígena é impedido e também não tem apoio do governo federal. Ele observou que a população passou de 14 mil para 30 mil indígenas, e que eles querem “evoluir”. Aberto Góes afirma que conhece apenas uma ONG, chamada Isa. Em sua fala final, ele disse que “quanto mais miserável é o povo yanomami, mais matéria-prima se torna para as ONGs”.
Adriel Kokama, convidado em outro requerimento, representa a região do Médio Solimões (AM), onde têm ocorrido incidentes frequentes com nações indígenas. Ele denuncia a atuação "suspeita" de entidades na região.
Já Valdeci Baniwa, mencionado no requerimento REQ 4/2023 - CPIONGS, é membro da comunidade Baniwa Castelo Branco em São Gabriel da Cachoeira (AM) e tem reclamado das ONGs na região do Alto Rio Negro, que estariam dificultando o progresso da população local.
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