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Homem que ameaçou Felipe Neto participou de ataque de fogos contra o STF

Cavalieri foi listado na denúncia ao denunciar o deputado federal Otoni de Paula (PSL-RJ) por difamação, injúria e coação contra o ministro Alexandre de Moraes

Agência Estado
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Um dos homens que ameaçaram o youtuber Felipe Neto nesta semana durante carreata no Rio de Janeiro participou do disparo de fogos de artifício contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília no dia 13 de junho passado. Leandro de Souza Cavalieri Valle, que se autoproclama "Cavalieri do Otoni", também publicou montagens em que aparece um fuzil contra o influenciador.

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O nome de Cavalieri foi listado pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros ao denunciar o deputado federal Otoni de Paula (PSL-RJ) por difamação, injúria e coação contra o ministro Alexandre de Moraes.

O parlamentar é próximo de Cavalieri, chegando até a emprestar seu sobrenome para ele usá-lo nas urnas nas eleições municipais deste ano. Apesar de se apresentar como "assessor político" do deputado, Cavalieri não é formalmente listado como funcionário do gabinete parlamentar.

De acordo com Medeiros, Cavalieri "se encontra envolvido, ao lado de outros extremistas investigados no Inquérito 4.828 (que apura o financiamento de atos antidemocráticos em Brasília) na explosão de fogos de artifício ocorrida no último dia 13 de junho em direção ao edifício-sede do Supremo".

Nesta semana, Cavalieri foi até a porta do condomínio onde mora Felipe Neto. Em um carro de som, proferiu ameaças contra o youtuber. "Ontem (29/07) estive na porta do condomínio onde ele mora, e o desafiei para um debate, mas o covarde não apareceu, fica fácil se fazer de macho atras das câmeras! Quer destruir a instituição mais importante de todas, que é a família", escreveu, nas redes sociais.

Crítico do governo Jair Bolsonaro, Felipe Neto também foi alvo nesta semana de uma onda de desinformação que tentou associá-lo ao crime de pedofilia. Montagens com tuítes falsos creditavam ao youtuber uma frase que ele nunca disse, conforme checado pelo Estadão Verifica. Os ataques também partiram de vídeos com informações falsas e acusações infundadas contra o youtuber.

Levantamento feito pela própria equipe do influenciador apontou que ao menos 1.247 vídeos com informações caluniosas foram denunciadas ao Facebook e ao Instagram. Até às 14h de terça, 28, 664 haviam sido derrubados das plataformas.

O ataque coordenado levou 37 entidades, incluindo a Associação Brasileira de Imprensa, o Observatório de Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto Vladimir Herzog, a assinarem manifesto em defesa do youtuber.

"Nos últimos dias pudemos observar a intensificação de uma campanha organizada e estruturada contendo informações comprovadamente falsas, com o intuito de prejudicar a imagem de sua pessoa. Mais do que isso, algumas informações circuladas em redes sociais e aplicativos de mensagens contém frases e posicionamentos atribuídos a Felipe Neto sem que ele em momento algum os tenha manifestado", afirmam as entidades. "A intenção desta campanha difamatória ultrapassa, e muito, os limites da crítica, os limites protegidos pelo constitucional direito de se expressar, ao atribuir a Felipe Neto ações que inclusive podem constituir a prática de crimes".

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