Gastos de Bolsonaro com cartão corporativo podem ser maiores do que o divulgado, diz jornalista
Ddados divulgados falam em R$ 4 milhões gastos no cartão corporativo da Presidência em 2022, enquanto os que estão no Portal da Transparência falam em R$ 22 milhões
Divulgados na semana passada, os gastos com cartões corporativos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, podem ser maiores, de acordo com o jornalista Luiz Fernando Toledo, cofundador da agência "Fiquem Sabendo", que analisou os gastos disponibilizados pela Secretaria-Geral da Presidência da República no início de janeiro. As informaões são do G1.
A conversa aconteceu em entrevista para o podcast O Assunto, apresentado por Natuza Nery, em que Toledo afirmou que há dados incompletos nas planilhas divulgadas, dizendo ainda que as informações "não batem" com o que consta no Portal da Transparência. Apesar de não detalhar as compras com o cartão corporativo, o site informa um gasto maior do que o que foi divulgado na última semana.
A diferença nos gastos, para o jornalista, deixou vários questionamentos. Entre eles, se os dados divulgados são apenas do presidente ou se englobam outros órgãos. "Os dados divulgados na semana passada pelo governo federal falam em R$ 4 milhões gastos no cartão corporativo da Presidência em 2022, enquanto os que estão no Portal da Transparência falam em R$ 22 milhões", afirmou.
"Se a gente não tiver os dados completos, a comparação fica equivocada. A gente sabe, por exemplo, que está faltando divulgar os gastos com o exterior. Muitas viagens para o exterior não aparecem na planilha." Toledo disse ainda que é fundamental que sejam divulgadas as notas fiscais das compras feitas com o cartão corporativo, para que se saiba exatamente o que os agentes públicos compraram em cada estabelecimento.
Regras
O cartão corporativo foi criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e regulamentado por uma portaria do Ministério da Fazenda em 2002. No caso do Brasil, órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF) são responsáveis por fiscalizar os gastos com o cartão.
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