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Força-Tarefa do G20 se reúne em Belém para tratar de combate à pobreza e desenvolvimento

Encontro de representantes nacionais e internacionais discute questões econômicas e financeiras ligadas ao enfrentamento da mudança do clima

Emilly Melo
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Um grupo de representantes de ministérios e organizações nacionais e internacionais das principais economias mundiais se reuniu, nesta quinta-feira (11), no Hangar- Centro de Convenções, em Belém, para propor mudanças sistêmicas necessárias para evitar o agravamento das questões climáticas, por meio de ações efetivas nas Trilhas de Sherpas, onde são discutidos temas políticos e sociais, e de Finanças do G20. A Força-Tarefa do G20 para uma Mobilização Global contra a Mudança do Clima (TF CLIMA) acontece até esta sexta-feira (12).

Na abertura do encontro, Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, destacou o momento ambiental delicado que o Brasil enfrenta com as chuvas no sul do país, os incêndios no pantanal e a seca no Amazonas. Para ela, esses acontecimentos demonstram a importância de um trabalho em conjunto entre os setores público e privado e com a população.

Na mesa de debates, o governador do Pará, Helder Barbalho, declarou que a reunião em questão é uma preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que vai acontecer em Belém em 2025, e evidencia o protagonismo da cidade no panorama mundial no debate sobre governança, combate às desigualdades para garantir a justiça social. A expectativa é que os efeitos dos debates possam subsidiar os líderes a tomar decisões necessárias à coletividade global.

Na visão do chefe do Executivo paraense, o desenvolvimento sustentável deve possuir vetores claros e bem definidos para as soluções ambientais, além de que é necessário encontrar ações efetivas que associem a esfera econômica à social, e a social à ambiental.

“Todos, aqui, compartilhamos da mesma visão de mundo, e da necessidade de salvar o nosso planeta [...]. Diante do agravamento das crises ambientais, o Brasil se apresenta com uma grande oportunidade de liderar essa agenda. Diante, primeiro, da mudança de comportamento, passando a efetivamente tratar o tema na sua devida dimensão, diante de uma mobilização global para que haja efetivas ações que possam buscar, seja a neutralização das emissões, seja a transição energética, culminando com a agenda da COP, que vai acontecer pela primeira vez no Brasil e na Amazônia”, afirmou Barbalho.

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Sobre a realização da COP 30 em Belém, Helder Barbalho enfatizou a análise das metas estabelecidas no Acordo de Paris, especialmente 10 anos após o encontro global que tratou da mitigação, adaptação e financiamento a mitigação das mudanças climáticas em escala mundial.

“Não precisamos chegar na COP 30 para saber que muito pouco se foi feito daquilo que se estabeleceu em 2015 [Acordo de Paris], enquanto que o agravamento ambiental seguiu aquilo que a pesquisa apontava que aconteceria se não houvesse reações imediatas. Portanto, há um diagnóstico e oportunidade, o que estamos fazendo é nos mobilizando para que essa oportunidade não se perca”, apontou o governador.

O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, André Corrêa do Lago, ressaltou que a presença dos líderes globais na capital paraense busca acentuar as discussões sobre combate à pobreza e mudanças climáticas ao cenário internacional.

Metas

O objetivo do encontro é sintetizar, de forma estratégica, as discussões em curso no G20 sobre mudança do clima, avançar os planos nacionais de transição energética e transformação ecológica e como destravar como alavancar financiamento público e privado para o combate à mudança do clima.

Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20 e Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, afirmou que a meta é chegar na implantação global de uma sistema de transição energética com mecanismos de mitigação de riscos, para proporcionar um ambiente regulatório de supervisão global a fluxo de capitais mais vultosos, sobretudo, aos países emergentes.

A operacionalização dos projetos de destinação de capital só podem ser executados a partir de reformas em bancos multilaterais de desenvolvimento, para que as instituições tenham mais capacidade financeira.

“Vamos avançar para remodelar a ação global para mudança climática, com estratégias de desenvolvimento, capitais de negócio, revisão da ação global para fortalecer o planejamento e implantação das metas na área financeiras”, declarou a secretária, e destacou o aporte de US$ 1,5 trilhões em capital para garantir a transição climática até 2030.

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