Eleições 2022: testes de eficiência da urna eletrônica serão realizados em Belém e Marabá

35 dispositivos serão escolhidos por partidos para checagem de integridade e autenticidade no dia da eleição

O Liberal

A Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, realizou uma audiência pública na manhã desta segunda-feira (22) com o objetivo de informar e definir os procedimentos e critérios a serem utilizados na realização da auditoria das urnas no Pará durante as eleições gerais que ocorrem em outubro.

A principal mudança anunciada é a expansão do número de urnas destinadas ao teste de integridade, que serão 27, sendo 17 delas em Belém e outras dez em Marabá. Outras oito urnas passarão por um teste de autenticidade dentro das seções eleitorais.

Enquanto o primeiro foca na integridade das urnas durante a captação dos votos, o outro é destinado para checagem do sistema instalado no dispositivo. 

Representantes dos partidos poderão escolher quais urnas poderão ser auditadas no teste de integridade, mas com algumas limitações: as urnas escolhidas devem estar no máximo a três horas de distância de Belém e no máximo quatro horas de distância de Marabá, consideradas as vias rodoviárias.

As ilhas e zonas rurais estarão, portanto, excluídas do processo.

A auditoria será realizada nos dois turnos da eleição e um evento na véspera contará com a escolha das urnas e a preparação dos espaços onde os testes ocorrerão. Em Belém, eles serão feitos na Arena Guilherme Paraense, conhecida como Mangueirinho, e em Marabá, no Carajás Centro de Convenções. Até a eleição passada, as urnas eram sorteadas, mas agora serão escolhidas pelos partidos. 

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Processo que garante integridade do sistema eleitoral será realizado em dois municípios paraenses

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Eles tentarão quebrar o sigilo e alterar a destinação de votos, além de simular possíveis formas de ataque aos programas e equipamentos. Anúncio foi feito pelo TSE

Ao longo da apresentação, o advogado da federação partidária Brasil da Esperança, Cláudio Bordalo, apontou como muito restritivos e excludentes os critérios, que deixariam o oeste e o extremo sul do Pará descobertos pela auditoria.

Já a candidata Michele Araújo afirmou que o ideal seria que as auditorias ocorressem nas seis mesorregiões do estado.

O presidente da Comissão, juiz Marcus Alan Gomes, afirmou que o número de 35 urnas foi determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral para todos os estados, independente de tamanho, e que o Pará é o único que irá realizar o processo também fora da capital. 

Já para o teste de autenticidade, qualquer seção eleitoral poderá ser escolhida, desde que esteja em uma zona urbana. Gomes também solicitou apoio dos partidos para o preenchimento de 10.800 cédulas de papel com números oficiais de candidatos a serem entregues para o Tribunal.

Isso ocorre porque, durante os testes, os números são digitados na urna eletrônica e o processo é transmitido ao vivo, simultaneamente com a eleição. O objetivo é mostrar que os números cadastrados correspondem aos candidatos do pleito e que estão sendo computados normalmente. 

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