Nível de segurança das urnas eletrônicas será testado por pesquisadores da USP
Eles tentarão quebrar o sigilo e alterar a destinação de votos, além de simular possíveis formas de ataque aos programas e equipamentos. Anúncio foi feito pelo TSE
Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) vão testar o nível de segurança das mais recentes urnas eletrônicas adquiridas pela Justiça Eleitoral, modelos UE 2020. Eles tentarão quebrar o sigilo e alterar a destinação de votos, além de simular possíveis formas de ataque aos programas (softwares) e equipamentos (hardware) que compõem o sistema eleitoral. As informações são da Agência Brasil.
O anúncio sobre o teste de segurança que será realizado por pesquisadores da USP foi feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite desta quinta-feira (14). A ação fiscalizatória será semelhante àquela a que já foram submetidos os modelos UE 2015. Esses equipamentos da versão anterior foram expostos às investidas dos especialistas que participaram do último Teste Público de Segurança (TPS) do sistema eletrônico de votação.
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Mudanças no Pará
No Pará, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA), a principal novidade deste ano é a mudança de aproximadamente metade das urnas eletrônicas que vão ser utilizadas, são 9.700 agora do modelo 2020.
Pressão política
Segundo o TSE, a testagem de amostras dos modelos UE 2020 foi uma das sugestões feitas por órgãos e entidades que integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e a inclusão de amostras dos novos equipamentos no TPS foi feita pelo general Heber Garcia Portella, representante das Forças Armadas.
Durante participação em uma audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, nesta quinta-feira (14), o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, disse que submeter amostras das novas urnas eletrônicas ao Teste Público de Segurança é uma das três iniciativas que as Forças Armadas consideram “essenciais” para reduzir “toda a pressão, toda a discussão” técnica e política em torno da segurança do sistema eleitoral.
Segundo o TSE, os modelos UE 2020 só não foram testados antes por terem começado a ser entregues a partir de dezembro de 2021, quando o cronograma de testes já estava em curso. Para atender parcialmente à recomendação do Exército, o Tribunal disse ter feito um “ajuste” no plano de trabalho fruto do convênio que firmou com a USP em outubro de 2021 para que a instituição de ensino “colabore com a Justiça Eleitoral para aprimorar a integridade e a confiabilidade do voto eletrônico”.
A corte afirma também que mais de 70% das sugestões apresentadas à CTE foram acolhidas e serão colocadas em prática já nas eleições deste ano.
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