Câmara dos Deputados rejeita PEC do voto impresso para as eleições; bancada paraense vota dividida

Eleições 2022 devem ter formato atual de votação e apuração

Thiago Vilarins / Sucursal de O Liberal em Brasília

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na noite desta terça feira (10), a PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19). Foram 229 votos favoráveis e 218 contrários. Ao todo, 448 votos foram computados.

Assista como foi a votação na íntegra

Como não foram obtidos os 308 votos favoráveis necessários, o texto será arquivado. A proposta determina a impressão de "cédulas físicas conferíveis pelo eleitor" independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos.

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Bancada paraense

Considerando apenas, os votos da bancada federal do Pará, a decisão foi bem dividida: oito a favor e seis contra. Três não votaram. Acompanharam a proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro: Éder Mauro (PSD-PA), Eduardo Costa (PTB-PA), Hélio Leite (DEM-PA), Joaquim Passarinho (PSD-PA), Júnior Ferrari (PSD-PA), Olival Marques (DEM-PA), Paulo Bengtson (PTB-PA) e Vavá Martins (Republicanos-PA).

Por outro lado, votaram não, os paraenses Airton Faleiro (PT), Baeto Faro (PT), Cristiano Vale (PL), José Priante (MDB), Nilson Pinto (PSDB) e Vivi Reis (PSol). Os parlamentares do Estado ausentes na votação foram: Cássio Andrade (PSB), Celso Sabino (PSDB) e Elcione Barbalho (MDB).

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Linha do tempo

Na semana passada, a comissão especial derrotou o texto do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), e também rejeitou o texto original, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF). A decisão de levar a PEC ao Plenário foi tomada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, com o objetivo de encerrar a disputa política em torno do tema.

image (Pablo Valadares / Agência Brasil)

No início dos debates, deputados a favor e contra a proposta apresentaram duros argumentos em Plenário. Bia Kicis (PSL-DF), que apresentou a proposta, disse que o tema foi tratado em sua campanha, e evitou dizer que o texto era uma proposta do presidente da República. "Essa não é a PEC do Presidente Bolsonaro. Essa não é a minha PEC. Essa é a PEC dos brasileiros, que querem transparência e nas eleições", disse.

Já Carlos Zarattini (PT-SP) acusou a proposta de ser uma espécie de ameaça. "Trata-se de uma verdadeira chantagem sobre a sociedade brasileira, uma chantagem daquele que é o maior dirigente deste País, que tem o poder de ser o Chefe das Forças Armadas", disse.

O líder do PSL na Câmara, Vitor Hugo (GO), chegou a capitular a derrota - não sem antes apontar que o debate foi vencido. "Ainda que nós percamos no Plenário hoje, nós já vencemos a discussão na sociedade brasileira, porque milhões e milhões de brasileiras conseguiram a liberdade e segurança de ir às ruas e de expressar sua opinião e dizer que não confiam no sistema", disse, no Plenário.

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