Bolsonaro critica aborto em menina de 11 anos e aciona ministérios da Justiça e Direitos Humanos
Menina foi estuprada e chegou a ser impedida pela justiça de interromper a gravidez. Para o presidente, houve ‘assédio maligno de grupos pró-aborto’
O presidente da República Jair Bolsonaro usou as redes sociais, na manhã desta sexta-feira (24), para criticar o aborto na menina de 11 anos que engravidou após ser estuprada em Santa Catarina.
“Se existe a chance de preservar duas vidas INOCENTES, por que não defendê-las? A felicidade de uma depende da morte da outra. Por que quem defende as duas vidas é pior do que quem defende apenas uma? Estranha essa dificuldade para quem defende facilmente a vida de bandidos”, escreveu.
Ele informou ainda que solicitou ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos que apurem “os abusos cometidos pelos envolvidos nesse processo que causou a morte de um bebê saudável com 7 meses de gestação, da violação do sigilo de justiça e do total desprezo pelas leis e princípios éticos, à exposição de uma menina de 11 anos”.
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O presidente declarou também que tanto a menina de 11 anos quanto o bebê “foram vítimas, almas inocentes, vidas que não deveriam pagar pelo que não são culpadas, mas ser protegidas do meio que vivem, da dor do trauma e do assédio maligno de grupos pró-aborto”.
“Sabemos tratar-se de um caso sensível, mas tirar uma vida inocente, além de atentar contra o direito fundamental de todo ser humano, não cura feridas nem faz justiça contra ninguém, pelo contrário, o aborto só agrava ainda mais esta tragédia! Sempre existirão outros caminhos!”, completou.
O presidente ainda publicou a foto de um bebê, que segundo ele teria 25 semanas. “O bebê, que é mais vítima dessa tragédia, tinha 29”, afirma.
O caso
Uma menina de 11 anos engravidou após ser estuprada em Santa Catarina. Ela chegou a ser mantida em um abrigo pela Justiça, para que não conseguisse fazer o aborto. Após a repercussão do caso, ela foi liberada e conseguiu realizar o procedimento.
A legislação brasileira que autoriza o aborto não estabelece limite máximo de idade gestacional para interrupção da gravidez.
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