Alepa promove mesa redonda sobre transição energética
Autor da proposta argumenta que 'o Pará e todo o conjunto da Amazônia brasileira jamais passaram a atrair a atenção do mundo de forma tão intensa como agora'
A Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados realiza na segunda-feira (18) seminário na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) com a mesa redonda “Transição Energética – Fontes Renováveis e Produção de Hidrogênio”. A programação será transmitida ao vivo pela TV Câmara, TV e Rádio Alepa e demais canais de comunicação da Casa.
O evento, que ocorrerá em formato semipresencial no “Plenário Newton Miranda” das 9 horas ao meio-dia, será coordenado pelo presidente do colegiado, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), e terá a participação de onze debatedores. A programação atende a requerimento de autoria do deputado Raimundo Santos (PSD-PA), que integra a Comissão, instalada em 31 de maio no Congresso Nacional.
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A realização do seminário decorre do agendamento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), no ano de 2025, em Belém, considerando as potencialidades dos recursos naturais renováveis do Estado, reconhecidas em âmbito mundial.
O autor da proposição argumenta que “o Estado do Pará e todo o conjunto da Amazônia brasileira jamais passaram a atrair a atenção do mundo de forma tão intensa como agora”. “Na busca de soluções para intensificar a preservação ambiental na Terra, cuja importância tem relação direta com o fator clima, o hidrogênio verde (H2V), que é a eletricidade usada na eletrólise da água com origem de fontes de energia renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica, considerado o ‘combustível do futuro’, desponta como a principal solução energética mundial, já que é classificada como uma energia limpa por possuir emissão zero de carbono”, defende o parlamentar.
Raimundo Santos enfatiza que “o Brasil tem potencial para ser o maior produtor e exportador de hidrogênio verde no mundo devido as suas vantagens competitivas naturais associadas a uma matriz elétrica majoritariamente renovável, com ênfase especial para a Amazônia, da qual faz parte o Pará, Estado que, além da sua rica biodiversidade, tem como destaque justamente o imenso potencial de seus recursos hídricos, contando com duas das três maiores hidrelétricas do Brasil: a de Tucuruí, no rio Tocantins, e a de Belo Monte, no rio Xingu”.
Outro ponto salientado para o encontro da Comissão do Hidrogêmnio em Belém é que o Pará reúne as maiores reservas minerais do planeta, sendo essencial que sejam exploradas de forma sustentável utilizando combustíveis não poluentes, como é o caso do hidrôgenio verde.
No requerimento que originou a agenda em Belém, o primeiro oficial da comissão, são enfatizadas as seguites vocações, consideradas relevantes do Pará:
I - extensas florestas tropicais, incluindo a Floresta Amazônica. Essas florestas abrangem grande parte do Estado, fornecendo uma fonte abundante de biomassa vegetal;
II - forte presença no setor agroindustrial, com áreas significativas dedicadas à agricultura e pecuária. As culturas agrícolas como soja, milho, arroz, cacau, café, frutas e outros produtos geram resíduos orgânicos que podem ser convertidos em biomassa;
III - importante produção de madeira tropical. A indústria madeireira, legal e sustentável, contribui para a geração de biomassa a partir dos resíduos de madeira, como serragem, cavacos e cascas, que podem ser utilizados como fonte de biomassa;
IV - localização geográfica estratégica e possui portos bem desenvolvidos, como o Porto de Vila do Conde em Barcarena e o Porto de Santarém. Essa infraestrutura portuária pode facilitar a importação de equipamentos, tecnologias e matéria-prima necessários para a produção de hidrogênio verde, além de permitir a exportação do hidrogênio produzido;
V - demanda energética significativa devido às suas indústrias, mineração e atividades agropecuárias. A adoção do hidrogênio verde pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade energética na região.
Veja a relação de participantes:
• Jorge Luiz de Abreu do Ó de Almeida Filho – General de Brigada e diretor de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente do Exército Brasileiro;
• Renato Ogawa – Prefeito do município de Barcarena;
• Herdjania Veras – Reitora da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra);
• Fernando de Castro Ribeiro – Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA);
• Wilton Marcelo Santos Teixeira – Diretor de Concessões da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará (Sedeme);
• Jesus Nazareno M. De Sena – Superintendente federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Pará;
• Daniel de Oliveira Sobrinho – Representante da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa);
• Walkymário de Paulo Lemos – Chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental;
• Lucia Cristina de Andrade Lisboa – Assessora econômica da Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio);
• Sebastião de Oliveira Campos – Presidente do Sistema Fecomércio PA/Sesc/Senac;
• Carlos Fernandes Xavier – Diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
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