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Noiva divulga vídeos do dia da morte de vereador de Santarém

Isabela Ataide mantinha um relacionamento há dois anos com o vereador Aguinaldo Carvalho de Aguiar e deu detalhes à redação integrada de O Liberal sobre o que aconteceu no mês de setembro, quando o vereador morreu

Saul Anjos
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Isabela Ataide, de 31 anos, que era companheira do vereador Aguinaldo Carvalho de Aguiar, 46 anos, conhecido como Aguinaldo Promissória, em Santarém, oeste do Pará, divulgou, nesta quarta-feira (27), vídeo de uma câmera de segurança do dia em que Aguinaldo morreu. Ela também conversou com exclusividade com a redação integrada de O Liberal e relembrou o que aconteceu em 25 de setembro deste ano, data do ocorrido.

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Segundo Isabela, ela e Aguinaldo, que eram noivos e mantinham um relacionamento há dois anos, participavam de uma festa realizada em um iate, quando uma confusão aconteceu. “O Aguinaldo começou a brigar com um rapaz por causa de um amigo dele. Quem estava lá viu que essa briga não foi por mim. Com a confusão, fiquei super chateada e decidi ir embora. A minha bolsa, que estava com as minhas coisas guardadas, não estava no carro e eu precisava dela para ir para a minha casa. O segurança do Aguinaldo disse que a bolsa estava com ele (vereador). Voltei para o iate, mas o Aguinaldo tinha ido embora”, contou. 

Chegando na casa de Aguinaldo, a engenheira civil afirma que foi trancada pelo vereador em um quarto. “Ele estava altamente alcoolizado e utilizou vários entorpecentes. O Aguinaldo começou a gritar e brigar comigo. Ele me trancou no quarto e escondeu a chave. Comecei a chorar e liguei para a polícia para pedir ajuda. Fiquei com medo dele. Me aproximei da porta para tentar abri-la e, quando virei, Aguinaldo com uma arma em mãos. Ele tinha costume de brincar com essa arma. Não sei se foi porque ele quis ou foi efeito da droga, mas ele disparou contra ele mesmo. O Aguinaldo nunca me agrediu e essa foi a primeira vez que ele teve esse comportamento com a arma. Mas já teve outras vezes que ele brigou comigo e, inclusive, já derrubou o portão da minha casa”, disse Isabela. 

“Eu gritava e ninguém abria. Liguei para a polícia, o 192 e a filha dele, mas ninguém atendeu. Foi quando liguei para o ‘Wil’”, acrescentou. Wil, a quem Isabela se refere, é Wilkson do Rego Figueira Teles de Sousa. Ele é dono de uma joalheria de Santarém. Pelas imagens que ela compartilhou, é possível vê-lo correndo em direção de Isabela e da filha de Aguinaldo, Graziele Brito de Aguiar, 23 anos.

“Ele (Wilkson) que fez o vídeo que circulou nas redes sociais onde me mostra ao lado do corpo de Aguinaldo e disse que eu já tinha comentado que queria matar o Aguinaldo, o que é mentira. Tanto o Wil quanto a filha do Aguinaldo me agrediram. O Wil ainda pegou a arma do Aguinaldo e atirou contra mim, mas nenhum tiro pegou em mim”, relata. 

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De acordo com Isabela, Wilkson alterou a cena do crime. “Ele pegou as cápsulas dos disparos que ele fez contra mim e guardou. Depois disso, a polícia me levou para prestar depoimento e pegou a arma, que era do Aguinaldo”, destaca. “A família do Aguinaldo me ameaçou e o Wil também me ameaçou, além dos meus pais e irmãos. Eles queriam me incriminar para receber o seguro de vida do Aguinaldo. O Wil devia R$ 270 mil pro Aguinaldo e R$ 30 mil para mim. Ele (Wilkson) estava mais preocupado em me bater do que socorrer o amigo dele. A filha do Aguinaldo (Graziele) mentiu em depoimento para não incriminar ele (Wilkson) e não contou que ele (Wil) bateu em mim”, reforça. 

Ainda conforme o relato de Isabela, Wilkson tem passagem pela polícia por violência contra mulher. “Quando divulguei os vídeos, várias mulheres me mandaram mensagem dizendo que já tinham sido agredidas por ele”, comenta. 

“Fiquei muito mal depois de tudo isso. Precisei sair de Santarém para fazer tratamento psicológico, psiquiátrico e espiritual. Na semana que ele morreu, íamos marcar o casamento antes de irmos para a Colômbia”, finaliza. 

Em nota, a Polícia Civil informou que o procedimento policial instaurado para apurar as circunstâncias em que ocorreu a morte de Aguinaldo Carvalho de Aguiar foi encaminhado para a Justiça e aguarda a decisão judicial quanto à prorrogação do prazo para a conclusão das investigações. "Sobre as acusações de lesão corporal, a vítima foi orientada a registrar boletim de ocorrência para que o caso seja devidamente apurado", disse a PC.

 

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