Tenente do Corpo de Bombeiros destaca dificuldades em resgate de garimpeiros soterrados no Pará
Além do Corpo de Bombeiros, a operação contou também com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do governo estadual e de moradores da região
Em entrevista à reportagem do Grupo Liberal, o tenente-coronel Marco Scienza, do Corpo de Bombeiros, explicou os desafios enfrentados na operação de resgate dos três garimpeiros soterrados em uma mina ilegal de cobre, em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. O resgate ocorreu na noite do último sábado (25). O desmoronamento aconteceu na madrugada de sexta-feira (24), devido às fortes chuvas e à fragilidade da estrutura da mina. Além do Corpo de Bombeiros, a operação contou também com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do governo estadual e de moradores da região.
Segundo Scienza, o resgate foi dividido em seis etapas e contou com a atuação de especialistas em salvamento em altura, mergulho e resgate terrestre. “Muitas foram as variáveis no local, que iam desde a exposição a riscos elétricos, das bombas em funcionamento durante o mergulho, novos desabamentos, como ocorreu em alguns momentos da escalada para tentar acessar as vítimas, onde pedras caíam nos mergulhadores, e o acesso à altura”, descreveu o oficial.
As vítimas foram localizadas após horas de buscas e retiradas por volta da meia-noite. Scienza destacou os momentos mais críticos do resgate. “O momento crítico foi o momento de descida das vítimas do patamar em que elas se encontravam usando técnicas de salvamento e a travessia das mesmas no trecho alagado, que tinha mais de 20 metros, por conta das curvas que faziam, da profundidade que estava alagada e dos riscos que existiam na própria caverna”, declarou.
Apesar das condições adversas, o oficial comemorou o êxito da missão. “No final de toda a ação, todos os bombeiros e mineiros saíram com vida e foi encerrada a missão com êxito”, concluiu.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA