Estudante de cenografia é condenado a 11 anos por estupro e lesão corporal
Crime ocorreu no dia 09 de agosto de 2022, em uma casa localizada no bairro Guamá, em Belém.

Por maioria dos votos jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém, o estudante de cenografia Renan Cavalcante Fernandes, 29 anos, foi condenado por lesão corporal e estupro contra a ex-companheira de 25 anos. A pena foi fixada em 11 anos de reclusão em regime inicial fechado. O crime ocorreu por volta da 01h, no dia 07 de agosto de 2022, em uma casa localizada no bairro Guamá, em Belém.
O julgamento foi presidido pelo desembargador Edmar Silva Pereira, presidente do 1º Tribunal do Júri da Comarca da Capital. Na sentença condenatória o juiz considerou que o réu respondeu a todos os chamados da justiça e por ser “tecnicamente primário na forma da lei”, caso queira recorrer da sentença em liberdade.
Inicialmente, Renan Fernandes respondia por tentativa de feminicídio e violência sexual no âmbito doméstico, porém a decisão acolheu o entendimento do promotor do júri Gerson Daniel da Silveira. Ele considerou as provas testemunhais e documentais do processo apontaram que o caso não foi feminicídio, mas, crime de lesão corporal. O promotor sustentou a denúncia de estupro em desfavor do acusado, sendo acompanhado pelos jurados.
A defesa manteve o mesmo entendimento da promotoria de justiça e defendeu a tese desclassificatória de tentativa de feminicídio para lesão corporal, e de ter o réu praticado violência sexual da jovem.
VIOLÊNCIA – A vítima relatou ter sofrido violência verbal e psicológica, por cerca de um ano do relacionamento que tinha com o réu. No depoimento prestado no júri a mulher bastante traumatizada contou que o então companheiro Renan Fernandes era usuário de drogas e costumava ser agressivo e praticar violência psicológica, chegando a agredi-la fisicamente na frente de um de seus filhos do relacionamento anterior, e o agressor atribuía sempre a responsabilidade das agressões que fazia à vítima.
O acusado negou ter atentado contra a vida da ex-mulher e alegou que a vítima começava as brigas com xingamentos e que o obrigava a lhe buscar no trabalho, e nem sempre podia atender aos chamados da mulher por estar também trabalhando.
DENÚNCIA – Na peça acusatória oferecida pelo representante do Ministério Público do Estado (MPPA), consta que o crime ocorreu quando Renan, que estaria embriagado, questionou a mulher por estar chegando em casa às 1h. A vítima voltava do trabalho de uma hamburgueria do bairro. Conforme relato da vítima, o agressor se exaltou e passou a agredi-la com tapas, socos, chutes na genitália da vítima e puxões de cabelo. Após isso, manteve a força relações sexuais.
A vítima disse que o agressor tentou lhe esganar, envolvendo seu pescoço com o lençol. Com muito esforço e pensando nos filhos, a mulher conseguiu forças para se afastar de Renan, pegar o telefone celular e ligar para o Centro Integrado de Polícia (CIOP). Ela pediu socorro, sendo atendida em poucos minutos e levada para um hospital de emergência, onde recebeu os primeiros socorros.
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