'Cilinho' é morto a tiros no Guamá: vítima é ex-policial militar condenado da Justiça
Informações preliminares dão conta de que ele foi alvejado com 10 tiros por dois suspeitos em uma moto vermelha
Na manhã deste domingo, 23, o ex-cabo da Polícia Militar do Pará (PM) Otacílio José Queiroz Gonçalves, conhecido como “Cilinho”, foi alvo de disparos de arma de fogo no bairro do Guamá, em Belém, e morreu no Hospital do Pronto Socorro do Guamá. As informações preliminares dão conta de que ele foi baleado por três suspeitos em uma moto vermelha.
Segundo informações repassadas por fonte que preferiu não se identificar, os suspeitos de praticarem os disparos haviam alugado um kitnet em frente à casa onde estava "Cilinho", dando a entender que o caso se tratou de uma execução premeditada. A mesma fonte informa que, apesar de ter sido atingido por cerca de 10 tiros, "Cilinho" foi socorrido e levado, ainda com vida, para o Pronto Socorro do Guamá, mas não resistiu e faleceu.
Execução
O crime foi praticado na passagem João de Deus, entre as passagens Popular e Joana D´Arc, no Guamá. 'Cilinho' estaria saindo de casa, quando foi surpreendido pela chegada de três homens. Eles passaram, então, a fazer disparos contra a vítima, e, em seguida, fugiram em uma moto. O assassinato teria ocorrido por volta das 10h30 deste domingo.
A partir da morte do ex-policial militar, começaram a circular nas redes sociais informações de internautas preocupados com algum tipo de ação violenta no bairro do Guamá ou em outros pontos da cidade. Ainda na tarde deste domingo, circularam informações de que a mulher que teria alugado o kitnet para os autores do homicídio já teria sid morta e mais dois suspeitos no "Abrigo" do Guamá, uma área de ocupação em um conjunto residencial. Tudo em retaliação ao assassinato de 'Cilinho'. No entanto, essas mortes não foram confirmadas pela Polícia até o momento. Outra informação também não confirmada é de que os suspeitos teriam se entregado á Polícia.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) Cilinho havia sido condenado, em 2017, a 29 anos de prisão por homicídio qualificado e crime de milícia privada.
Segundo informações do Tribunal de Justiça, a pena foi relacionada ao assassinato do jovem Eduardo Felipe Chaves, de 16 anos. Eduardo foi morto na 'Chacina de Belém', como ficou conhecida uma sequência de homicídios ocorridos entre os dias 4 e 5 de novembro de 2014.
Essa sequência de mortes se deu após o assassinato do cabo PM Pety. Ele era suspeito de estar envolvido em milícia no bairro do Guamá. Logos a morte dele, 11 pessoas foram assassinadas nos dias 4 e 5 de novembro de 2014, em bairros da periferia de Belém.
Polícia Civil
A Polícia Civil informa que o caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP). Uma equipe se deslocou até o local do crime para realização das perícias necessárias. Diligências são realizadas para identificar e localizar os envolvidos no crime. Informações que auxiliem nas investigações podem ser repassadas via Disque-Denúncia, número 181. O sigilo é garantido.
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