Refém na Augusto Montenegro: Yann recebe alta do HMUE e ainda registra surtos, afirma família
A tia do Yann, Lorena Monteiro, alegou que além das crises psicóticas, o sobrinho não quis se alimentar durante o período que estava hospitalizado
Yann Carlos Monteiro Barroso, 27 anos, recebeu alta do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), no sábado (11). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e também pela tia do rapaz, Lorena Monteiro. A mulher disse que aguarda o sobrinho ser encaminhado para a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC). O HC foi procurada pela reportagem, mas ainda não respondeu.
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Segundo ela, o sobrinho já está acordado, porém continua registrando surtos psicóticos. Yann estava hospitalizado no HMUE desde a última quinta-feira (9), por conta de ter se esfaqueado no pescoço após liberar Ana Júlia de Sousa Brito do sequestro mais longo da história do Pará. Foram 17h de negociação entre Yann e a Polícia Militar.
O HMUE disse na semana passada, por meio de nota, que Yann realizou uma cirurgia demorada na sexta-feira (10) e foi extubado no mesmo dia. Assim que recebesse alta, iria ser submetido a exames para comprovar transtorno mental mencionado pelos parentes, e então ser ouvido, formalmente, pela Polícia Civil, para ser responsabilizado pelos crimes cometidos.
Lorena alega que, durante o período que esteve hospitalizado, Yann não quis se alimentar. Até o momento, os familiares ainda não conseguiram vê-lo. “Ele está acordado. Não está mais sedado, porém está dando uma crise atrás da outra”, diz a tia.
"Ele não é bandido, só está doente", diz tia
Na quinta-feira (9), antes do sequestro terminar, Lorena conversou com a imprensa. Naquele momento, o sobrinho ainda mantinha Ana Julia e a filha dela pequena sob a mira de uma faca. Ela disse que Yann tinha ido morar em Santa Catarina, onde estava trabalhando.
De acordo com Lorena, os surtos psicóticos começaram aos cinco anos. “Desde quando a minha irmã faleceu. Ele levava uma vida normal até chegar ao ponto que chegou”, contou. “Ele pediu ajuda, mas só recebia não e não”, afirmou.
A tia de Yan também contou que o sobrinho passou por um término e chegou a ficar desaparecido durante três meses. “Ele mandou um áudio para a minha vó, pedindo ajuda e que ia voltar para Belém. Nisso, ele ficou sumido por três meses. Na segunda, quando soubemos onde ele estava, corremos para buscar ajuda para ele”, disse.
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