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Refém na Augusto Montenegro: laudo comprova insanidade de Yann e pede internação

Segundo o documento, Yann não tinha condições de entender o sequestro que havia cometido

O Liberal
A Polícia Científica do Pará (PCEPA) comprovou que Yann Carlos Monteiro Barroso, de 27 anos, possui insanidade mental. A perícia de realizada pelo perito Elenilson José Santos da Costa, constatou que, durante as mais de 17 horas que o suspeito manteve a animadora de festas Ana Júlia de Sousa Brito e os três filhos dela como reféns, Yann era, “ao tempo da prática delituosa portador de doença mental, sendo assim inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e inteiramente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento”.
 
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Por conta disso, a PCEPA o colocou na condição de inimputável, que segundo o Código Penal, não pode entender que o ato que cometeu era um crime e, por conta disso, não pode ser penalizado. O caso começou no dia 8 de março deste ano, no Dia Internacional da Mulher, terminou no dia 9 e foi visto em 111 países. Dois dias depois, o judiciário paraense decretou a prisão preventiva do sequestrador por roubo majorado. 
 
O documento da PCEPA foi divulgado no dia 15 do mês passado e chegou às mãos da juíza Clarice Maria de Andrade Rocha, titular da 1ª Vara Criminal da Capital, na última segunda-feira (29).  A advogada de defesa de Yan, Marilda Cantal, disse à Redação Integrada de O Liberal, nesta quinta-feira (1º), que o laudo também será enviado ao Ministério Público (MPPA), após o pedido do perito Elenilson de que Yann seja internado.
 
“Acredito que no decorrer dessa semana ou da outra, ela (juíza Clarice) deve encaminhar ele (Yann) para internado no Hospital das Clínicas (Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna) ou em uma casa penitenciária que tenha condições de cuidar de uma pessoa que tenha problema assim”, comentou a advogada do suspeito. 

Yann se esfaqueou para ser socorrido e sair do local, diz defesa

Assim que o sequestro terminou - crime que foi considerado pelas autoridades de segurança pública do Pará como a negociação mais longa da história do Estado - Yann cravou uma faca no próprio pescoço. Ele desmaiou por conta da perda de sangue e foi encaminhado ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.
 
“Não tentei me matar. Na hora em que a menina (Ana Júlia) foi liberada, a polícia correu toda em cima de mim e eu estava ainda com a faca na mão direita, enfiei no meu pescoço para ver se eles me socorriam e não me matavam”, assumiu o sequestrador à advogada Marilda.

“O dia que renascemos”, disse vítima

Uma semana depois de ser sequestrada com os filhos, Ana Júlia desabafou sobre as dificuldades que vêm enfrentando, as quais envolvem os filhos, as finanças e o medo. Para ela, foi o dia que eles renasceram. “Ele (Yann) estava se estressando a todo momento com meus filhos. Quando ele entrou, já estava defecado. A todo momento, ele não parava de defecar. Passava na gente. Quis que meus filhos comecem o bolo da mão dele. Um pedacinho só”, acrescentou a vítima.
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