Quatro pessoas são presas por tentar fraudar concurso público de Ananindeua

A Polícia Civil desarticulou um esquema para tentar fraudar o concurso da Prefeitura de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, cujas provas foram aplicadas neste domingo (5). Foram presos em flagrante os irmãos Anderson Lima Abdon e Émerson Lima Abdon; Josiane Abdon Chaves dos Reis, esposa de Émerson, e Hernold Kelvin Abdon, sobrinho dos irmãos. Eles irão responder na Justiça pelos crimes de fraude a concurso público e associação criminosa. Os acusados foram flagrados enquanto participavam de um esquema que objetivava enviar o gabarito das provas por meio de vibrações em telefones celulares escondidos nos corpos de candidatos regularmente inscritos no certame para preenchimento dos cargos de Técnico Municipal e Auxiliar Municipal.

Após receber denúncia anônima de que três dos investigados receberiam o gabarito das provas, por meio de toques de chamada telefônica em pequenos aparelhos, os policiais civis do NIP passaram a investigar as informações até localizar os locais de provas dos suspeitos, em escolas de Belém e em Ananindeua. Hernold, Anderson e Josiane, candidatos regularmente inscritos no concurso, foram abordados, enquanto realizavam as provas. Revistados, eles foram flagrados com os aparelhos telefônicos, os quais foram apreendidos. 

Hernold Abdon e Anderson Abdon realizavam as provas para o cargo de Técnico Municipal e Josiane Abdon Reis era candidata ao cargo de Auxiliar Municipal. Émerson, o outro envolvido no esquema, foi preso em sua residência, no bairro de Águas Brancas, em Ananindeua. Ele não era candidato do concurso e estava responsável em receber o gabarito de outros candidatos ao concurso que já haviam concluído as provas e que teriam repassado o gabarito a Émerson. Este, por sua vez, era quem enviava por toques de celular, os resultados das provas aos familiares.

De acordo com o Delegado-Geral Alberto Teixeira, os quatro presos foram autuados em flagrante. As investigações continuarão para apurar o envolvimento de outras pessoas no esquema. Os detidos foram apresentados na Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), local em que foram autuados em flagrante delito. Os aparelhos e anotações dos gabaritos recebidos por Émerson foram levados também para a DIOE para fazer parte do procedimento flagrancial.

A Polícia Civil ressalta que o esquema criminoso foi um fato isolado e monitorado com apoio do Cetap, empresa organizadora do certame. Todas as provas e o gabarito foram preservados. As prisões foram feitas por meio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP).