Projeto Bancos Vermelhos pretende ajudar na conscientização e alertar para violência contra mulheres
Projeto também premiará ações de enfrentamento à violência contra a mulher
Um banco vermelho em pontos de grande circulação de pessoas com frases de conscientização estimulem a reflexão sobre a conscientização e alertar para a violência contra as mulheres estarão espalhados por várias cidades do Brasil graças ao Projeto Banco Vermelho, a partir desta quinta-feira (1º/08).
O projeto lançado pelo governo federal pretende estimular a instalação de pelo menos um banco na cor vermelha. A ação será no primeiro dia do mês, conhecido como Agosto Lilás, de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher em todo o país.
A instituição do Projeto Banco Vermelho está prevista na Lei 14.942, de 31 de julho de 2024, que foi publicada na edição desta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). A sugestão, segundo a lei, é que esses bancos vermelhos tragam o número 180, que é do Centro de Atendimento à Mulher.
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Os bancos vermelhos deverão ser alocados em escolas, universidades, estações de trem e de metrô, rodoviárias, aeroportos e outros lugares de grande circulação de pessoas.
O projeto prevê uma premiação às melhores iniciativas relacionadas à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a mulher e à reintegração da vítima. A lei publicada no Diário Oficial da União desta quinta foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e das Mulheres, Cida Gonçalves.
Mulheres no Poder
O Ministério das Mulheres lançou, também nesta quinta-feira, a cartilha "Mais Mulheres no Poder, Mais Democracia". Esta publicação visa ampliar e qualificar o debate sobre a importância da participação política das mulheres nos espaços de poder e decisão.
A cartilha destaca índices alarmantes de desigualdades e violências contra as mulheres no Brasil, que possui uma população majoritariamente feminina. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de feminicídios. De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, uma menina ou mulher é vítima de violência sexual a cada seis minutos no país.
Desigualdades de Gênero
Em termos de divisão do trabalho, as brasileiras dedicam, em média, 21,3 horas semanais a trabalhos domésticos e de cuidados, praticamente o dobro do tempo dedicado pelos homens, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) Anual 2023. Na política, o Brasil está na 132ª posição em representatividade feminina no Parlamento, entre 193 países analisados pela União Interparlamentar (UIP).
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